Questão 107 Geografia
Unicamp 20107 - 2a fase
Leia o trecho a seguir e responda às questões.
A população brasileira, segundo o Censo Demográfico 2000, atingiu um total de 269.799.170 pessoas em 1o de agosto de 2000. A série histórica dos censos brasileiros revela o importante crescimento populacional que o país experimentou durante o século XX, tendo em vista que a população foi multiplicada por quase dez vezes entre os censos de 1900 e 2000.
Contudo, o crescimento relativo vem declinando consistentemente desde a década de 1970, atingindo seu ritmo mais intenso durante a década de 1950, quando a população registrou uma taxa média de incremento anual de cerca de 3,0%. A partir de 1970 a taxa de crescimento demográfico vem se desacelerando, em função da acentuada redução dos níveis de fecundidade e de seus reflexos sobre os índices de natalidade. (Adaptado de Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, Censo Demográfico 2000, p. 29).
a) O que é índice de natalidade?
b) Por que houve redução da taxa de fecundidade média no Brasil, sobretudo a partir de 1970?
c) Quais são os motivos da redução da taxa de mortalidade no Brasil durante o século XXI?
Resposta:
a) É a proporção entre o número de nascimentos por grupo de 1000 pessoas durante um ano, em uma determinada área, região, país ou unidade político-administrativa.
b) O fator mais importante foi a intensificação do processo de urbanização a partir da década de 1970, quando a população urbana superou a população rural em números absolutos. Esse fator repercute no custo de formação ou criação do indivíduo, pois no meio urbano é mais elevado do que no meio rural e, consequentemente, a mulher passa cada vez mais a se inserir no mercado de trabalho, além de passar a casar-se mais tardiamente e fazer maior adoção de métodos anticoncepcionais. Assim, em 1960, quando a maioria da população ainda vivia no meio rural, a taxa de fecundidade era de 6 filhos por mulher em idade fértil (15 aos 49 anos), enquanto em 2000 essa taxa caiu para 2,3 filhos por mulher.
c) Melhoria no padrão socioeconômico da população, maior investimento no saneamento básico e maior eficácia na medicina preventiva, com a adoção de campanhas pela vacinação de crianças e idosos, aumento da participação de ONGs em programas especiais de alimentação infantil e orientação quanto aos cuidados com a saúde preventiva, além de programas governamentais de atendimento à população de baixa renda, como o "bolsa escola" e o programa "bolsa alimentação".