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Tensão imperialista eclode na Primeira Guerra
Claudio B. Recco*
Especial para a Folha de S. Paulo
O início do século 20 na Europa não apresentou grandes mudanças, pelo menos do ponto de vista estrutural. As disputas imperialistas, iniciadas nas últimas décadas do século anterior, ainda davam a tônica da política das principais nações e se tornavam mais agudas a cada momento.

A segunda Revolução Industrial permitira que outros países questionassem a supremacia britânica e alcançassem grande desenvolvimento. Mas a manutenção do ritmo acelerado de crescimento foi condicionada à conquista de novos mercados, ao mesmo tempo em que a formação de conglomerados empresariais acirrou a disputa neocolonialista.

Os interesses imperialistas nacionais foram responsáveis pelo armamentismo e por conflitos localizados. Podemos perceber a lógica e as contradições do imperialismo quando várias potências se unem para invadir a China e, ao mesmo tempo, brigam entre si pelo domínio de outros territórios "coloniais".

A península Balcânica foi a região em que se expressaram os mais diversos interesses: o sonho imperialista austríaco, fomentado pela Alemanha, o russo, amparado pela Inglaterra, o sonho da "Grande Sérvia", assim como os ideais nacionalistas de bósnios, croatas, macedônicos, albaneses, kosovares e montenegrinos, que até pouco tempo estavam sob o domínio do turco.

As tensões na Europa chegaram ao seu ponto máximo com a eclosão da Primeira Guerra Mundial, em 1914, uma guerra imperialista entre as grandes potências e que ainda envolveu países que pretendiam tornar-se grandes, adotando o mesmo modelo imperialista --casos principalmente da Áustria e da Rússia, países atrasados que, do ponto de vista do capitalismo, não podem ser considerados imperialistas, mas que adotaram os mesmos padrões de desenvolvimento econômico e as mesmas práticas expansionistas.

Esse também foi o período de maior expansão dos Estados Unidos, apoiados principalmente na política do "big stick", quando desenvolveram suas ações principalmente na América Central e no Caribe e aproveitaram-se da Primeira Guerra para consolidar sua estrutura industrial, ampliando as exportações para a Europa e para os países americanos que até então dependiam da Inglaterra.

Dica: Perceba que o comportamento expansionista dos EUA foi diferente do praticado pelos países europeus e pelo Japão. O que explica essa situação?
*Claudio B. Recco é autor do livro "História em Manchete - na Virada do Século"
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