UOL VestibularUOL Vestibular
UOL BUSCA
Publicidade



Ingleses iniciam as revoluções burguesas
Geraldo Teruya*
] Especial para a Folha de S.Paulo
A primeira revolução burguesa foi a inglesa -puritana e gloriosa-, do séc. 17, que legou o parlamentarismo, a garantia dos direitos individuais, a liberdade de expressão e a tolerância religiosa asseguradas pela declaração dos direitos ("Bill of Rights").

A herança da Revolução Inglesa, as contradições entre Absolutismo e capitalismo, a sociedade de ordens e privilégios, a intolerância e o fanatismo religioso geraram no século 18 o Iluminismo, movimento filosófico, de caráter racional, antiabsolutista e anticlerical, que defendeu o fim do Absolutismo e sua substituição por governos liberais. O projeto iluminista-liberal influenciou a independência das colônias e as revoluções liberais burguesas dos séculos 18 e 19.

Com base no ideário iluminista, a Revolução Francesa substituiu o Absolutismo e o mercantilismo pelo liberalismo político e econômico, a aristocracia pela burguesia no poder. Conquistou a liberdade de imprensa, de expressão e de cultos. Ao estabelecer a igualdade perante a lei, trocou o nascimento pela riqueza como critério de divisão social.

A Revolução Industrial implantou a fábrica mecanizada, criou uma nova classe social, o proletariado, submetida à rígida disciplina e à intensa divisão do trabalho, gerando a fragmentação do conhecimento e a perda da criatividade pelo trabalhador. O sistema fabril desenvolveu o corpo em detrimento da mente; estimulou o progresso, mas agravou a exploração; fragmentou o trabalho, mas promoveu a concentração urbana e operária.

As revoluções Francesa e Industrial consolidaram o capitalismo e, com ele, produziu-se uma série de contradições. Com a transformação da riqueza, do dinheiro e da propriedade nas bases da nova sociedade, os setores populares foram excluídos. Sob as promessas de autonomia individual, foram impostas a massificação e a disciplina operária; sob os ideais de liberdade, igualdade e fraternidade, impôs-se a propriedade privada, o individualismo, o culto do "ter" em detrimento do "ser". Essas contradições que provocaram greves, protestos dos trabalhadores e o surgimento de novas ideologias como o socialismo e o anarquismo no século 19.
*Geraldo Teruya é professor da Didátika e do Curso e Colégio Anglo
índiceÍNDICE DE REVISÕES
ÚLTIMAS REVISÕES








Mais Revisões