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Revolução Industrial do século 18 consolida capitalismo
Claudio B. Recco*
Especial para a Folha de S. Paulo
A Revolução Industrial do século 18 representou o momento de consolidação do capitalismo. Apesar de restrita à Inglaterra, ela foi responsável pela reordenação da economia mundial durante o século 19, pois representou a nova dinâmica capitalista, responsável por superar o mercantilismo.

O pioneirismo inglês pode ser explicado com base na existência de um Estado liberal burguês, de capitais acumulados oriundos da exploração colonial e do domínio sobre as atividades mercantis, até então de mão-de-obra barata, e da disponibilidade de recursos naturais.

No entanto o aspecto mais importante, ao analisarmos esse processo, é entender o seu significado. De que maneira podemos definir a Revolução Industrial? Dizemos: "Foi um conjunto de transformações socioeconômicas e tecnológicas responsável por consolidar o sistema capitalista".

Uma definição bastante simples, mas que possui um elemento fundamental: primeiro o homem, depois a máquina. Isso significa que a revolução não deve ser entendida apenas como um conjunto de inovações técnicas, novas máquinas e novos procedimentos de produção. A revolução deve ser entendida a partir da alteração estrutural que determinou.

Se pensar a máquina e seus inventores não é o mais importante para compreendermos esse movimento, como deve ser vista a revolução? Quais são suas características fundamentais? Ela foi responsável pela separação definitiva entre o capital e o trabalho, pela consolidação do trabalho assalariado, pelo controle da burguesia sobre a produção e pela formação de uma nova classe social, o proletariado. Foi ainda caracterizada pela substituição do trabalho manual pelo trabalho da máquina e pela substituição da energia humana pela energia a vapor.

O desenvolvimento desse processo determinou uma série de transformações na vida cotidiana do homem inglês, em especial do homem pobre que migrava para a cidade e engrossava a camada marginalizada ou subempregada. As condições de vida e de trabalho eram caracterizadas pela miséria, o operário trabalhava cerca de 14 horas por dia em condições insalubres, não havia uma legislação trabalhista e a exploração era ainda maior em relação às mulheres e às crianças, que viviam em locais semelhantes a cortiços.

Dica: destaque as principais diferenças da industrialização em relação à produção manufatureira e artesanal. Qual o papel da burguesia nos três momentos?
*Claudio B. Recco é autor do livro "História em Manchete - na Virada do Século"
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