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Altas temperaturas do planeta geram mudanças climáticas
Leandro André de Souza*
Especial para o Fovest
Há mais de um século o homem vem sujando a atmosfera. Carros, fábricas e queimadas liberam para a atmosfera 5,5 bilhões de toneladas de dióxido de carbono, entre outros poluentes, que elevam a temperatura da Terra e podem gerar mudanças climáticas sem precedentes.

Trata-se do efeito estufa, propriedade que determinados gases têm de aprisionar o calor do Sol na atmosfera, impedindo que ele escape para o espaço depois de refletido pela Terra. Em condições normais, esses gases ajudam a manter a temperatura do planeta na média de 15°C.

Estudos recentes demonstram que a temperatura do planeta subiu 0,18°C neste século. Se for mantida essa tendência, nos próximos 50 anos haverá um aquecimento de 4°C a 5°C, que pode provocar o degelo de parte das calotas polares e, como consequência, a elevação do nível dos mares e a inundação de cidades litorâneas.

Os gases que se acumulam na atmosfera como resultado da atividade industrial e do crescimento urbano - dióxido de carbono, metano, óxido nitroso, ozônio e clorofluorcarbonos - são transparentes à luz visível como o vidro, permitindo que os raios do Sol aqueçam a superfície terrestre. Quando a Terra devolve o calor em excesso, não é mais sob a forma de luz, mas de radiação infravermelha.

Como os gases poluentes absorvem a radiação, uma parte do calor fica na atmosfera. Até o final do século passado, a quantidade de dióxido de carbono descarregada no céu nunca excedeu a proporção aceitável de 280 partes por milhão. Mas começaram a surgir as chaminés das fábricas, os oleodutos e os escapamentos de veículos. O crescimento das cidades e a ocupação predatória das florestas provocaram um aumento para 350 partes por milhão; em 2050, calcula-se que chegue a insuportáveis 500 ou 700 partes por milhão.

Arquivo/Folha Imagem 
 


Veja se aprendeu

1. (UNESP/98) Um bloco de certa liga metálica, de massa 250 g, é transferido de uma vasilha, que contém água fervendo em condições normais de pressão, para um calorímetro contendo 400g. de água à temperatura de 10ºC. Após certo tempo, a temperatura no calorímetro se estabiliza em 20ºC. Supondo que toda a quantidade de calor cedida pela liga tenha sido absorvida pela água do calorímetro, pode-se dizer que a razão entre o calor específico da água e o calor específico da liga metálica é igual a:

a) 1
b) 2
c) 3
d) 4
e) 5

Gabarito: 1-e
*Leandro André de Souza é professor de Física da Escola de Aplicação da Faculdade de Educação da USP
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