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Entenda a classificação biológica
Antonio Carlos Osse*
Especial para a Folha de S.Paulo
Organizar é uma necessidade, especialmente se pretendemos enfrentar a tendência universal à entropia. Ao homem, que desenvolve seu multifacetado nicho de forma cada vez mais complexa, cabe a enorme obrigação de organizar.

Nas ciências naturais, essa preocupação surgiu muito cedo. Os primeiros pensadores buscavam formas de distribuir os organismos até então observados em categorias criadas a partir de características comuns.

Por muito tempo, convivemos com uma classificação simplista dos organismos, como animal ou vegetal: se se mexe, é animal; se é verde e/ou não se mexe, é vegetal.

Obviamente Aristóteles (entre outros) desconhecia o caráter decompositor/heterotrófico dos fungos ou ainda a ausência de tecidos diferenciados nas algas, motivo pelo qual eram, incorretamente, classificados como plantas.

Dada a enorme variedade de organismos que hoje conhecemos, um sistema de classificação para organizá-los tem de ser necessariamente complexo.

Um eixo central que permeia os trabalhos de classificação biológica (taxonomia) é a dicotomização, isto é, estabelecemos um critério que, se atendido, coloca o organismo em um grupo e, se não atendido, coloca-o em outro.

Um critério, dois grupos. Mais um critério, dois subgrupos, e assim por diante. Grosso modo, um organismo deve ser classificado em sete categorias taxonômicas, em "ordem hierárquica decrescente": reino; filo (ou divisão, para vegetais); classe; ordem; família; gênero e espécie (redificlaorfagees - palavra criada a partir da sílaba inicial de cada categoria -, para não esquecer).

Um reino inclui vários filos; um filo, por sua vez, inclui várias classes; e assim por diante. Observe que, se dois organismos pertencem à mesma classe, obrigatoriamente pertencem ao mesmo filo e reino.

Entretanto podem ser de ordens (ou espécies) diferentes.

Tente agora lembrar os cinco reinos hoje existentes: animal, vegetal, "fungi" (fungos), dos protozoários e, finalmente, aquele que ninguém lembra: o monera, que inclui organismos extremamente importantes (já há 4 bilhões de anos) como as bactérias e cianobactérias (não fale em "algas" azuis).

Dada sua maior importância, costumamos esmiuçar mais os reinos animal e vegetal, chegando, em alguns casos, ao estudo de ordens, como a Lepidoptera (borboletas), da classe Insecta, do filo Arthropoda, do reino animal. Ou que tal as três classes - Gastropoda, Bivalvia e Cephalopoda -, do filo Mollusca, do reino animal?

A esta altura você deve estar pensando o mesmo que eu: é bom revisar esses pontos no livro ou nas apostilas. Bons estudos!
*Antonio Carlos Osse é professor de ensino médio do Colégio Pueri Domus
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