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Genética ajuda a derrotar as pragas
Fábio Giordano*
Da Folha de S. Paulo
Recentemente, apareceu na televisão a previsão de um cientista europeu de que a banana iria desaparecer do mundo em dez anos. A profecia apontada pela reportagem de capa de conceituada revista científica alertou o mundo para a existência de um fungo, a Sigatoka Negra (Mycosphaerella fijiensis), destruidor de bananais.

A banana comercial se reproduz assexuadamente, e não por sementes, o que dificulta a produção de novas variedades. Isso, por sua vez, a deixa vulnerável às doenças e às pragas, principalmente à Sigatoka, espécie de fungo que foi descrito como causa da doença, em 1963, no distrito de Sigatoka, nas ilhas Fiji.

No Brasil, o problema maior ocorre na região Norte, mas, dada a facilidade de reprodução do fungo e do transporte dos seus esporos, é muito difícil que se evite a chegada da Sigatoka aos cultivos do Sudeste.

Pesquisadores da Embrapa em Rondônia anunciaram que, por meio de melhoramento genético, desenvolvem variedades mais resistentes ao fungo. Em Manaus, um grupo realiza testes de degustação para popularizar o sabor de três variedades alternativas de banana.

Os laranjais também possuem suas pragas. Depois da preocupação com o combate ao amarelinho dos laranjais, causado por uma bactéria (Xylella fastidiosa) que já foi mapeada geneticamente, agora é a "morte súbita dos citrus" a praga que preocupa os agricultores.

A mais "nova" doença apareceu no Estado de São Paulo no final de 1999 e provoca a condenação imediata da planta.

Para combater o possível vírus, devem-se queimar as plantas infectadas. Estima-se que 1 milhão dos 226 milhões de pés de laranja em todo o Estado já tenham sido infectados.

Pelo visto, os futuros agrônomos e biólogos vão ter muito trabalho pela frente para combater os "inimigos da vitamina".
*Fabio Giordano é bacharel em biologia, doutor em ecologia pela USP e professor-pesquisador da Unisanta
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