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Baixa temperatura é proporcional a latitude Eder Melgar* Especial para a Folha de S. Paulo Imagine duas cidades localizadas na mesma latitude, portanto sobre o mesmo paralelo, mas com longitudes diferentes -ou seja, em meridianos distintos. Essa situação já foi utilizada várias vezes em vestibulares para que, a partir dela, os alunos tirassem conclusões sobre possíveis diferenças entre temperaturas e horários. Podemos afirmar genericamente que a variação da latitude implica uma variação da temperatura. Quanto maior for a latitude, mais distante a localidade estará da linha do Equador e, portanto, mais próxima dos pólos, áreas sabidamente mais frias. Esse fenômeno decorre da curvatura do planeta Terra, que faz com que diminua a incidência de radiação solar com o aumento da latitude. Livros didáticos que tratam do tema quase sempre têm uma ilustração para mostrar o fenômeno. Cidades na mesma latitude estão à mesma distância do Equador e tendem a ter a mesma temperatura. Essa conclusão só não é absoluta porque sabemos que a temperatura de uma cidade depende de outros fatores também -por exemplo, a altitude e a densidade de construções-, mas isso fica para uma outra oportunidade. Já a variação da longitude implica a variação do horário. No hemisfério ocidental (oeste), quanto menor for a longitude da cidade, mais próxima ela estará do meridiano de Greenwich e mais adiantado será o seu horário. No hemisfério oriental (leste), o horário será adiantado quanto maior for a longitude da cidade, portanto quanto mais distante ela estiver do meridiano de Greenwich. Em outras palavras, tomando-se duas cidades, a que estiver a leste em relação à outra terá seu horário adiantado. Esse fenômeno decorre do movimento de rotação do planeta Terra ser no sentido oeste-leste. Digamos que o que está a leste "passe primeiro pelo Sol". *Eder Melgar é coordenador de geografia do curso Intergraus |
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