|
23/04/2009 - 21h10 UnB adia decisão sobre usar novo Enem no vestibular para o dia 7 de maio Da Redação* Em São Paulo O tema foi debatido na tarde desta quinta-feira (23), durante reunião do Conselho de Ensino Pesquisa e Extensão da UnB. Os conselheiros demonstraram cautela e pediram mais tempo para avaliarem o projeto. Em quase três horas de reunião, não houve opiniões divergentes sobre o assunto. As críticas em relação ao projeto do MEC concentraram-se, principalmente, no curto prazo estabelecido para a discussão e em pontos ainda indefinidos do projeto. Até o momento, existem dois documentos oficiais sobre o projeto. O primeiro deles foi apresentado pelo ministro Fernando Haddad no dia 6 de abril. O segundo é um termo de referência com 28 esclarecimentos. "O maior problema na avaliação do projeto é a falta de detalhamento. Isso nos impede de emitir uma opinião", afirmou a professora do Departamento de Música Maria Isabel Montandon. Ela e outros quatro docentes participaram de comissão, montada há dez dias, para estudar a proposta do MEC. O grupo considerou positivo no novo Enem a maior mobilidade acadêmica e a redução dos custos aos alunos que pretendem concorrer a vagas em mais de uma instituição. Porém, criticaram a possibilidade de mais de uma opção de curso, devido ao risco de aumentar a evasão, e a hierarquização das instituições federais, com possível estigmas sobre os egressos. Outro tempoDa Faculdade de Tecnologia, o docente Ivan Camargo demonstrou cautela: "Nosso histórico de mudança é de prudência, de debates de três anos", disse. "Adoraria discutir o assunto em 2010, mas acho impossível aprovar o projeto esse ano."O reitor José Geraldo de Sousa Jr. falou da importância de a universidade participar dos debates. "O vestibular unificado está na agenda nacional, que a nossa decisão não seja por inércia. Precisamos levar em conta o quão valioso é a experiência para participar do processo, não vamos ficar a reboque." José Geraldo afirmou, ainda, que a instituição não abrirá mão de políticas de ingresso, como o PAS e as cotas. "O ministro Fernando Haddad disse que o novo Enem não impede essas políticas". A necessidade de aumentar os recursos para assistência estudantil aos alunos de outros estados que ingressarão na instituição foi outra preocupação levantada pelos conselheiros. E, de acordo com o MEC, os recursos para o setor passarão de R$ 200 milhões para R$ 400 milhões nas instituições que aderirem ao novo Enem. * Com informações da UnB Agência Os textos publicados antes de 1º de janeiro de 2009 não seguem o novo Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa. A grafia vigente até então e a da reforma ortográfica serão aceitas até 2012. |