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12/03/2009 - 10h46 MEC vai propor novo modelo para vestibulares das federais Da Redação* Em São Paulo "Os vestibulares são todos iguais e ruins. Estão errados e sinalizam mal para o ensino médio. O ensino hoje está voltado para o vestibular e termina que boas escolas estão piorando em função disso", afirmou Haddad. Para ele, as provas acabam influenciando o ensino médio, que proporciona uma educação voltada para a memorização e não para o desenvolvimento da capacidade de raciocínio. "Hoje nós ampliamos para o ensino médio toda a rede de apoio que antes era só do fundamental: livro didático, merenda, transporte escolar. Mas nada disso vai resolver, porque colocamos um gargalo no final que é insuperável." MudançasUm dos possíveis modelos a ser adotado é o de exame único para as 55 instituições. O Enem seria a primeira fase do vestibular. O ministro, no entanto, qualifica como "compreensível" a preocupação de que a utilização desse exame como vestibular desestimule o ensino médio a ensinar conteúdo específico.No final do encontro, Haddad propôs uma reunião entre os representantes das comissões de seleção das universidades e o Inep (Instituto Nacional de Estatísticas e Pesquisas em Educação), responsável por todas as provas de avaliação educacional feitas pelo governo federal, o que foi aceito pelo presidente da Andifes, Amaro Lins. "O vestibular é realmente muito arcaico. Hoje precisamos muito mais saber se o aluno consegue aprender do que medir o que ele sabe. Precisamos realmente alterá-lo", disse Lins. Haddad afirmou que o MEC teria um caráter de "indutor" da mudança, já que a pasta não pode interferir na autonomia das universidades. Mais vestibulares que mudarãoOs dois maiores vestibulares de São Paulo também discutem mudanças que podem ser adotadas nas próximas provas. A USP (Universidade de São Paulo) pretende fazer com que a segunda fase da Fuvest avalie todas as matérias do ensino médio. Atualmente, só disciplinas relacionadas ao curso pretendido são avaliadas.A Unesp (Universidade Estadual Paulista), poderá passar a ser feita em duas fases uma em novembro e outra em dezembro. Além disso, as questões deixarão de ser divididas em matérias, valorizando a interdisciplinaridade, tendência registrada também na Fuvest. *Com informações da Agência Estado e da Folha de S.Paulo.
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