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09/02/2009 - 07h30 Passou no vestibular em várias faculdades? Veja dicas para fazer a melhor escolha Simone Harnik Em São Paulo A dedicação aos estudos rendeu a Amanda dos Santos Venturelli, 19, um problema até bem gostoso de resolver. Ela conseguiu ser aprovada em medicina em cinco faculdades diferentes e agora tem de realizar sua matrícula. Mas como tomar a decisão sobre onde estudar? "Escolhi a Faculdade de Medicina da USP (Universidade de São Paulo), por ser em São Paulo e ter uma boa estrutura, com vários hospitais e tradição", conta a jovem. "E outro ponto que me interessa na universidade é a pesquisa, que é muito forte."
Além da convocação nas duas faculdades, Amanda passou na Unicamp (Universidade Estadual de Campinas), na Universidade Estadual Paulista (Unesp) e na Famema (Faculdade de Medicina de Marília). É bom mudar de cidade pela faculdade?Trocar de cidade é uma atitude incentivada pela coordenadora do Serviço de Orientação Vocacional e Profissional da Unesp de Araraquara, Maria Beatriz Loureiro de Oliveira. "Morar fora é um processo de aprendizagem efetivo. É um movimento no sentido de libertação. E os jovens que saem de casa têm tido mais sucesso na busca de emprego e de estágios, pois não dependem dos pais", afirma.No entanto, Maria Beatriz, pondera a "liberdade". Segundo a professora, sair de casa não é o mesmo que ser abandonado pela família. "Pai e mãe têm de visitar o filho".
Cheque a estrutura da universidadeSegundo a professora da Orientação Vocacional da PUC-SP (Pontifícia Universidade Católica de São Paulo), Regina Sonia Gattas Nascimento, o primeiro passo na hora de escolher a faculdade é conhecer suas instalações. "Só que isso não é tudo, porque há boas faculdades com infraestrutura ruim, mas com bons professores e um bom currículo", aponta.O MEC (Ministério da Educação) tem ferramentas que podem indicar como anda a qualidade dos cursos. De acordo com a assessoria de imprensa da Sesu (Secretaria de Educação Superior), o estudante deve verificar a qualidade do corpo docente, o campus, as salas de aula, a biblioteca e os laboratórios e também observar se o curso pretendido tem reconhecimento ou autorização do ministério. A nota no Enade (Exame Nacional de Desempenho de Estudantes) pode ser outro indicador, embora até 2009 tenha ocorrido boicote de parte dos estudantes e de instituições. O MEC afirma também ter criado o IGC (Índice Geral de Cursos), que é um instrumento construído com base na média ponderada das notas dos cursos de graduação e pós-graduação de cada instituição. Ele sintetiza em um único indicador a qualidade de todos os cursos de graduação, mestrado e doutorado da mesma instituição de ensino e é divulgado anualmente. Consulte aqui o IGC. Cursos diferentesSe você passou em graduações diferentes, a recomendação de Maria Beatriz é não pensar no emprego. "É um equívoco pensar no mercado, porque é preciso ver antes o que se estuda no curso. Se o estudante não gostar do que vai estudar na faculdade, a escolha pode ser ruim.Mas se seu caso é ter conseguido a vaga em uma universidade que não é bem aquela que você queria, a recomendação de Regina é aproveitar a semana inicial de aulas para observar de perto o funcionamento da instituição. "Se o jovem é ambicioso e ficar com uma vaga que não deseja, pode considerar isso um fracasso. Nesse caso, é melhor trancar e prestar outro vestibular. Mas há muita gente que, em um primeiro momento não queria a faculdade e que, depois, adora o curso", afirma. |