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09/01/2008 - 18h55 Física da Fuvest estava "longa" e "difícil", dizem professores Da redação Em São Paulo Trabalhosa, longa e difícil. São esses os termos usados por professores para classificar a prova de segunda fase de física da Fuvest. O exame foi aplicado nesta quarta-feira (9) a 15.914 candidatos (1.144 dos convocados faltaram à prova). "Foi uma prova de alto nível, difícil mesmo para um aluno médio", diz Eduardo Figueiredo, coordenador da disciplina no curso Objetivo. "Isso porque a USP (Universidade de São Paulo) não quer o 'aluno médio', mas os melhores", diz Ronaldo de Sá, professor do curso Anglo. Para os dois professores, a prova segue uma tendência no ensino de física moderna: privilegia o raciocínio e o conhecimento dos fenômenos físicos, em vez de fórmulas. Na questão de número 5, por exemplo, a prova trazia fórmulas que o aluno deveria adotar para resolver a questão. "Física, há muito tempo, deixou de ser um amontado de fórmulas. Tem que saber o conceito", diz de Sá. Composta por dez questões discursivas, que exigem resposta escrita, a prova também foi considerada longa, por trazer, em grande parte das questões, três sub-itens. Acerto de 80%Apesar do alto grau de dificuldade, os candidatos que buscam vaga nos cursos de medicina e engenharia precisam acertar cerca de 80% da prova para serem aprovados, avalia Figueiredo."Essas carreiras são extremamente competitivas, e o nível dos alunos que a disputam é altíssimo", diz Figueiredo. "É uma prova densa, mas adequada aos candidatos que querem cursar carreiras de biológicas ou exatas", diz o professor. |