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01/12/2007 - 15h38 Para vestibulandos, PUC-SP é "2ª opção" Ludmilla Balduino De São Paulo O sonho é entrar em uma universidade pública — a USP (Universidade de São Paulo), de preferência. Mas para aumentar as chances de fazer um curso superior em 2008, vale também prestar a prova da PUC-SP (Pontifícia Universidade Católica de São Paulo). Essa é a lógica da maioria dos vestibulandos ouvidos pelo UOL Vestibular antes do início do exame da universidade católica. A ausência de mensalidades nas universidades públicas é apontada pelos candidatos como a principal justificativa dessa preferência em relação ao sistema privado.
Os colegas de ensino médio Eduardo Henrique Araújo Vannuzini, 17, e Levi Eurico Lopes Júnior, 17, dizem que apesar de a PUC ser uma "segunda opção", não pode ser desprezada. "As pessoas desvalorizam porque é uma faculdade particular, mas a PUC está entre as melhores", diz Levi, que tenta jornalismo em mais duas instituições, a USP e a Faculdade Cásper Líbero. Carolina de Moura Grando, 18, é a única entrevistada que tem a PUC no topo da lista das universidades dos sonhos. "Prefiro a abordagem da PUC para psicologia, que valoriza o lado humano. A USP foca mais em biologia", diz. Diogo Vieira da Silva Pellegrino, 19, concorda com Carolina, mas diz que, se passar na USP, é para lá que ele vai. Segundo o vestibulando, o curso de economia, que ele pretende fazer, é mais renomeado na USP do que na PUC. Sábado descontraídoEnquanto candidatos se aglomeravam na porta do campus Monte Alegre, da PUC-SP, outros vestibulandos sentavam-se nas mesas dos bares do outro lado da rua Ministro Godoi. "É só uma cervejinha antes da prova", diz Luís Rodolpho Menegussi Lima, 18, entre um gole e outro.Luís tenta uma vaga em publicidade. Os amigos que o acompanhavam à mesa, Lucas Franco Gaspar, 19, e Luís Felipe Mattos, 18, esclarecem que a cerveja não os deixarão bêbados. "É só um pouquinho, para relaxar antes da prova", dizem, quase em coro. Lucas, que fez provas da primeira fase da Fuvest para o curso de direito, diz que, mesmo se ele conquistasse uma vaga garantida na segunda etapa, tentaria fazer o seu máximo na PUC. "A segunda fase da Fuvest é 'heavy metal'", diz. Luis Felipe não vai tentar vestibulares em públicas. "Só vou fazer as provas da PUC e do Mackenzie, porque sei que nas federais e estaduais eu não passo". Retardatários puderam entrarO vôo de Laura Trindade de Abreu, 17, atrasou. A estudante viajou de Campo Grande (MS) à cidade de São Paulo só para fazer a prova da PUC-SP. Atrasada, chegou às 13h47, dois minutos após o fechamento dos portões. Mesmo assim, ela conseguiu fazer o exame.Outros retardatários chegaram ao campus da PUC e encontraram o prédio fechado. Foram avisados por fiscais que os portões reabririam às 14h — hora em que as provas começariam. Aliviados, os vestibulandos esperaram, e no momento marcado por fiscais, os portões voltaram a se abrir e todos entraram. O fato contraria o manual da PUC-SP. Na página 13, o documento informa que, no dia da prova, "não serão admitidos retardatários". A assessoria de imprensa da universidade disse desconhecer o motivo da reabertura dos portões. |