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13/02/2007 - 14h03
Na Unifesp, calouros misturam alegria ao medo da nova fase
Da redação
Em São Paulo

Juliana Doretto/UOL

Carlos (pai) e Lucas Próspero na matrícula da Unifesp, em SP

Carlos (pai) e Lucas Próspero na matrícula da Unifesp, em SP

Eles vinham com caras assustadas, mas, ao contrário do dia de provas, caneta e identidade não estavam na mão. Em vez disso, traziam pastas contendo muita papelada. Armados com tinta e pincel, os veteranos arrebanhavam novos alunos pela rua.

"Ei, olha lá um calouro!". E nem adiantava tentar escapar: em poucos segundos, a cara já estava coberta de tinta, e o cabelo, colorido com farinha e confete. "Você passou na Unifesp, cara!", gritavam os alunos mais velhos da Universidade Federal de São Paulo, cujo curso de medicina -- o principal -- tinha concorrência de 89,31 candidatos por vaga.

Com a palavra "pai" escrita na testa a tinta guache, o engenheiro "cinqüentão" Carlos -- como ele mesmo se definiu -- acompanhava o filho Lucas Próspero, ingressante em medicina, e fazia mais festa do que o calouro. "Fui eu que vi o nome dele na lista e avisei. Chorei por quase 15 dias", disse Carlos, sem esconder o orgulho.

  • Debata no fórum: como seria o trote ideal?

    Lucas, depois de enfrentar provas em sete vestibulares, se diz aliviado. "Agora é só comemorar. Mas dá um certo nervoso porque eu não sei como vai ser, o que vou enfrentar na faculdade..."

    Cláudia Teixeira, também caloura de medicina, veio prevenida da Freguesia do Ó, zona norte de São Paulo. O pai, pensando nas tintas, trouxe uma toalha. "Mas acho que pega mais para os meninos, né? Com as meninas, o trote é mais leve."

    O UOL Vestibular apurou que a vida dos calouros de medicina da Unifesp não será fácil: os trotes (que os veteranos chamam de "leves") devem continuar até meados de setembro. Uma das "brincadeiras" é deixar todos os rapazes ingressantes sem roupa. Nesse dia, que virou tradição na universidade, as moças ficam de longe. Mas os alunos mais antigos afirmam que quem não quiser não vai passar pelo trote.

    Cada um com seus problemas
    Adriana Franco precisou da ajuda de amigos para fazer a matrícula. Um escorregão na rua provocou uma fratura no tornozelo. Resultado: gesso até o dia 5 de março. Mas, mesmo de muletas e amparada, ela não escapou do trote. "Pode pintar até o gesso. Hoje vale a pena", disse.

    Vinda de São José do Rio Preto, Ana Paula Ribeiro se hospedou na casa de parentes de São Paulo, mas nem sabia como chegar à Unifesp. "Uma veterana conhecida me trouxe" E a volta, como será? "Acho que agora eu vou sozinha mesmo". Ela teria de encarar trem e metrô pintada da cabeça aos pés.

    Para o calouro Daniel Mamere Alvarez, de Ribeirão Preto, o problema é outro: onde morar em São Paulo? Acompanhado dos pais, também com tinta nos rostos, ele demonstrava preocupação: "Preciso achar um apartamento", dizia.
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