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06/02/2007 - 20h14 Cinema, tremedeira e quartel antes da lista Da redação Em São Paulo
O militar Marcos Lopes, 22, estava no horário de folga no quartel e também resolveu dar uma passadinha no mesmo cursinho, para comemorar com os amigos a aprovação em geografia na USP. Mas nada de guache na cara: "Não dá. Tenho que voltar para o quartel agora..." Na hora da festa, os veteranos "atacam" até mãe de estudante aprovado. Solange Mara, mãe de Fernando Cardozo Reque Neto, 19 anos, novo aluno da FEA-USP, ostentava orgulhosa pelos corredores do cursinho a palavra "Mãe" escrita na testa à tinta preta. "Deu até tremedeira nele ao olhar a lista", disse. Ao seu lado, Elisa Thássia, selecionada em ciências contábeis, também na FEA-USP, chorava amparada pela professora de redação. "Eu tinha certeza de que não ia passar. Achei minha redação tão ruim..." Aprovado em direito na São Francisco, Guilherme Kamitsuji parecia não acreditar no que acontecia. Ele havia olhado a lista em casa, sem nenhuma esperança. "Eu não tinha passado na Unesp. Estava esperando outra bomba." Daniel Castilla chegou com o pai, Fernando, mas pensou em dar meia volta quando avistou os veteranos munidos de tinta e tesoura. Só que não deu tempo, e o rosto ficou todo pintado em pouco tempo. Ainda assim, ele tentou resisitir ("Não, o cabelo não"), mas, como a insistência dos outros estudantes era grande, o próprio pai acabou tomando a tesoura: "Deixa que eu corto, então". Ele deixou. |