Topo

UFRGS irá investigar trote com cabeça de porco e vísceras de peixe

Do UOL, em Porto Alegre

22/03/2013 12h52Atualizada em 25/03/2013 13h31

Na última sexta-feira (15), calouros da faculdade de engenharia civil da UFRGS (Universidade Federal do Rio Grande do Sul) participaram de trote envolvendo uma cabeça de porco, vísceras de peixe e ovos podres. Imagens do trote foram parar na internet e geraram repercussão negativa.

Outros casos

  • Reprodução/Facebook

    Trote realizado por alunos da Faculdade de Direito da UFMG gera acusações de racismo

  • Divulgação/Frente Feminista

    Alunos da USP hostilizaram feministas durante trote em São Carlos. Alguns estudantes chegaram a ficar pelados

  • Mauro Vieira/Agência RBS

    Aluna pode ter visão comprometida depois de trote em escola no RS

Em comunicado emitido no fim da manhã desta sexta-feira (22), a Direção da Escola de Engenharia da UFRGS e o CEUE (Centro Universitário dos Estudantes de Engenharia) lamentam "profundamente" a repercussão do trote. A instituição promete investigar o caso e verificar a necessidade de medidas disciplinares. 

 

Nas gravações, uma turma de alunos veteranos recepciona os calouros no campus do Vale. Sentados sobre uma lona preta em cima da grama, os recém chegados são pintados e obrigados a prestarem uma espécie de juramento. Entre eles, passa de mão em mão a cabeça de um porco segura pelas orelhas.

 

Enquanto isso, os veteranos, ordenam tarefas e derramam sobre os "bixos" baldes e galões com restos de peixes e ovos podres.

 

 

"Fomos sinceramente surpreendidos com os relatos da atividade organizada por um grupo de veteranos da engenharia civil, pois esse incidente, além de isolado, não foi reportado por nenhum canal interno ou gerou nenhuma reclamação", afirma a nota assinada pelo diretor da faculdade de engenharia, Luiz Carlos Pinto da Silva Filho, e pelo presidente do diretório dos estudantes do curso, Guilherme Bledow.

 

Sem violência física

A nota emitida pela universidade afirma que a recepção aos calouros, apesar de constrangedora, não utilizou violência física. "Os comportamentos inapropriados até o momento detectados no caso em questão, que envolvem o desnecessário uso de carcaças e vísceras de animais, apesar de sanitariamente inadequados e ambientalmente incorretos, não se comparam ao ocorrido em outras universidades, sendo muito mais um fruto da imaturidade do que de ações de posturas politicamente incorretas."

 

A UFRGS também informou que pretende reforçar as práticas de trotes solidários, nos quais se fazem atividades construtivas, como doação de sangue.