Alunos devem analisar calendário de simulados e de plantões ao escolher cursinho
Na hora de escolher um curso pré-vestibular para se preparar para a maratona de exames das melhores instituições do país, os estudantes devem levar em conta não só a infraestrutura e o corpo docente dos cursinhos, mas também a quantidade de plantões e o calendário de simulados, sugerem especialistas.
“Um curso que prepare bem o aluno tem de ter muito simulado, porque ele é o treino para o vestibular”, afirma Eduardo Figueiredo, coordenador do cursinho Objetivo. “O estudante deve perguntar sobre o calendário de simulados e avaliar se a quantidade é suficiente para um bom treinamento”.
O curso deve ter aulas de redação e plantões de dúvida com monitores disponíveis, recomenda Tony Manzi, coordenador e professor do cursinho Henfil. “Por mais que a aula de redação ocorra em um horário fora da grade, aos sábados, por exemplo, ela tem de existir”, afirma. “E o plantão de dúvida tem de ser diário.”
Separação por áreas
Vários cursos pré-vestibulares têm salas dividas entre as áreas de biológicas, de exatas e de humanas. O modelo é ideia para o estudante que pretende prestar um vestibular em que as matérias específicas para sua carreira são mais exigidas.
Veja preços de extensivos em SP
Curso | Nº de aulas semanais | Valor* |
Anglo | 40 aulas (40 min) | 13x R$ 1.304 |
Cursinho da Poli | 30 aulas (50 min) | 11x R$ 357 |
Cursinho do XI | 35 aulas (50 min) | 12x R$ 240 |
Etapa | 30 aulas (50 min) | 11x R$ 2.142 |
Henfil | 30 aulas (50 min) | 12x R$ 204 |
Objetivo | 36 aulas (50 min) | 11x R$ 1.200** |
Poliedro | 42 aulas (50 min) | 11x R$ 1.292 |
- * Valores consultados em 14.fev.2013. ** Valor médio
“A melhor maneira de reforçar determinada matéria é estudando com afinco. Não adianta fazer um curso forte de uma disciplina que ele tem dificuldade”, afirma Alberto Francisco do Nascimento, coordenador de vestibular do Anglo.
Porém, caso o estudante queira prestar vestibulares em que não há questões específicas para cada curso, como o da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas), vale a pena ficar em uma turma geral ou até entrar em uma sala dedicada a área diferente da do seu interesse.
“Se ele for fraco em exatas e há interesse em entrar nesse tipo de vestibular, valeria a pena ter um reforço nessa área”, explica Figueiredo, do Objetivo.
Alguns processos seletivos cobram conteúdo que não é coberto pelo currículo do ensino médio, é o caso do ITA (Instituto Tecnológico de Aeronáutica) e de provas específicas de cursos como arquitetura. O estudante que terá tais obstáculos pela frente deve checar se o cursinho tem material específico e professores que possam orientá-lo no estudo focado.
Custo e duração
Três estudantes contam suas estratégias de estudo após reprovação no vestibular
Na pesquisa por preços, as mensalidades de cursinhos privados renomados ultrapassam a barreira dos R$ 1.000. Mas, costumam oferecer bolsas aos alunos por bom desempenho em testes.
Já os cursos populares surgem como opção para vestibulandos sem dinheiro. Com preços mais baixos, os cursos costumam ter limitações pedagógicas e estruturais. Por outro lado, têm um perfil mais engajado nas questões sociais.
Para escolher a duração do curso, o aluno deve levar em conta o seu próprio perfil. O extensivo, que dura todo o ano, “é um curso que, por ter maior extensão de tempo, ensina com maior profundidade”, analisa Nascimento, do Anglo.
Já o semi é ideal para os alunos que vão prestar apenas os vestibulares do meio do ano e ainda estão estudando. “Ele é para aquele aluno que quer relembrar a matéria de outros anos para realizar a prova”, diz Manzi, do cursinho Henfil.
No final das contas, a principal dica é analisar a adaptação do jovem ao curso escolhido, afirma Maria Beatriz Loureiro de Oliveira, coordenadora do Serviço de Orientação Vocacional da Unesp (Universidade Estadual Paulista) de Araraquara. “Existem cursinhos excelentes, mas o jovem não se adapta. Não só pela metodologia, mas também pela forma como ele aborda o estudante”, analisa.
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