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Racionais MC e "Camaro Amarelo" estão em lista de obras para ingresso na UnB

Do UOL*, em São Paulo

24/01/2013 11h55Atualizada em 24/01/2013 12h26

Além do conhecimento de obras musicais clássicas como “Carmina Burana”, de Carl Orff, e “Primavera”, de Vivaldi, os candidatos da primeira etapa do PAS (Programa de Avaliação Seriada) da UnB (Universidade de Brasília) devem incluir em seus estudos o rap “Vida Loka parte 2”, dos Racionais MC, o hit “Camaro Amarelo”, de Munhoz e Mariano, e “Cuitelinho”, já de domínio público, na versão dos sertanejos Pena Branca e Xavantinho.

 

A nova lista de Objetos de Conhecimento foi divulgada pelo Cespe/UnB (Centro de Seleção e de Promoção de Eventos) e inclui textos, peças de teatro, músicas e  obras de artes visuais. Foram incluídas na nova lista as manifestações culturais populares dos festejos de “Congada” e “Catira” do Centro-Oeste.

Objetos de Conhecimento

Os Objetos de Conhecimento fazem parte da Matriz de Objetos de Avaliação do PAS/UnB, que norteia o que é avaliado nas provas, apontando quais habilidades e competências serão avaliadas.

 

Para dar lugar as novas músicas, foram excluídas da lista canções como “A violeira”, de Chico Buarque, e “Eu nasci há dez mil anos atrás”, de Raul Seixas. Na linha de músicas mais atuais, também foram tiradas da relação “Daqui pra frente” e “Cedo ou tarde”, da banda NX Zero.

 

Na parte de textos, foram incluídos artigos da Revista Darcy – uma publicação da UnB – e também de textos da Revista Fapesp (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo). Para o consultor da Gerência de Interação Educacional do Cespe/UnB, Rogério Basali, a inclusão dos textos de divulgação científica é uma das novidades para essa primeira etapa.

 

Segundo nota do Cespe, “as obras servem como referência, porém não exclusivas, para a elaboração das provas. Cada uma delas deve ainda estar vinculada a, no mínimo, cinco Objetos de Conhecimento para que seja selecionada”.

 

De acordo com o coordenador acadêmico do Cespe/UnB, Marcus Vinicius Soares, as mudanças procuram “aperfeiçoar o instrumento de avaliação, tornando-o cada vez mais acessível para todos que dele se utilizam”.

 

A lista de obras ainda é preliminar e, segundo o Cespe/UnB, o texto final dos Objetos de Conhecimento será disponibilizado até março. Veja abaixo as mudanças publicadas: 

 

Textos:

Substituição de “O Discurso da Servidão Voluntária” (La Boettie) por “O Príncipe” (Maquiavel);
Inclusão da obra “A Apologia de Sócrates” (Platão);
Substituição da obra “Cartas Chilenas” por “Marília de Dirceu” (Tomas Antonio Gonzaga);
Substituição de “A Alma Encantadora das Ruas” (João do Rio) por “Seleção de poemas de Gregório de Matos”;
Inclusão dos artigos da Revista Darcy: nº 7 ago/set/2011 “Dossiê O que resta do Plano?” e “Jovens que evaporam”;
Inclusão do artigo de Carlos Haag “Nos ombros de gigantes mágicos”, da Revista Pesquisa FAPESP, edição especial maio/2012;

Teatro:

Substituição de “A Pele do Lobo” (Artur de Azevedo) por “Antígona” (Sófocles);

Música:

Substituição de “Bachiana 4” por “Chorus 10 – Rasga Coração” (Villa-Lobos);
Substituição de “Carmen” (Bizet) por “Carmina Burana” (Carl Orff) “O Fortunna”; “Solo Soprano” e “Solo Barítono”;
Exclusão da obra musical de Hildegard Von Bingen;
Exclusão da obra musical “Sadnnes”, de Enigma;
Exclusão da obra musical “Sweeet Lullaby”;
Inclusão da obra musical “Primavera”, de Vivaldi;
Exclusão de NX Zero: “Daqui pra frente” e “Cedo ou tarde”;
Exclusão da obra musical “Pro dia nascer feliz”, Cazuza;
Exclusão da obra musical “Músicas de índios brasileiros”- “Marlui Miranda”
Exclusão da obra musical “Olhos coloridos”, de Macau, com Sandra de Sá e Funk como le gusta;
Inclusão da obra musical “Vida Loka parte II”, de Racionais MC
Inclusão de “Camaro Amarelo”, de Munhoz e Mariano;
Inclusão da obra musical “Cuitelinho” (domínio público), na versão de Pena Branca e Xavantinho;
Inclusão das manifestações culturais populares dos festejos de “Congada” e “Catira” do Centro-Oeste
Inclusão da obra musical “Infortúnio”, de Arrigo Barnabé;
Exclusão das músicas “Eu nasci há dez mil anos atrás” (Raul Seixas) na versão Móveis Coloniais, e  “Eu nasci com fama” (Móveis Coloniais de Acaju);
Exclusão da obra “A violeira”, de Chico Buarque, na versão de Mônica Salmaso;
Substituição na “Ópera do Malandro” de “O casamento dos pequenos burgueses”, “Hino de Duran”, “Se eu fosse o teu patrão ou Tango do covil”, “Ópera”, por “Uma canção desnaturada”, “Palavra de mulher”, “Aquela mulher”, e “Las muchachas de Copacabana”;

Artes Visuais:

Exclusão da obra “Vacas”, de Artes Visuais;
Exclusão da obra “Estátua de Carlos Drummond de Andrade”;
Exclusão da obra “grafites” (Os Gêmeos);
Exclusão da obra “pinturas rupestres”;
Exclusão da obra “A Velha” – 1513;
Exclusão da obra “Moça com brinco de pérolas”;
Substituição das obras “Meteoro” e “Condor” pela obra “Os Guerreiros” (Os Candangos), de Bruno Giorgi;
Exclusão da obra “Pelourinho”;
Exclusão da obra “Stonehenge”;
Exclusão da obra “O Beijo”, de Waldemar Cordeiro;
Substituir a obra “O Acampamento dos Sem Terra”, de Sebastião Salgado, pela série “Crianças de açúcar”, de Vik Muniz;
Inclusão das obras “Dança dos Tarairiu”(Tapuias) – s/d  e “Servo de Dom Miguel de Castro com Cesto Decorado” –  s/d, de Albert Van Eckhout (1610-1666).

(*Com informações do Cespe/UnB)