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Unicamp aumenta número de vagas para melhores alunos da rede pública

Agência Fapesp

04/01/2013 14h00

Os institutos de Economia e de Geociências e a Faculdade de Ciências Médicas da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas) ampliaram o número de vagas oferecidas aos alunos do Profis (Programa de Formação Interdisciplinar Superior). Com isso, o total de vagas nos cursos regulares da universidade para o programa passou de 123, em 2011, para 130 em 2013.

O Profis oferece vagas aos alunos com as melhores notas do Enem (Exame Nacional de Ensino Médio) de cada escola pública de ensino médio no município de Campinas. As turmas têm dois anos de formação geral e depois podem ingressar nos cursos regulares da graduação, sem necessidade de passar pelo vestibular.

O currículo do Profis inclui disciplinas de ciências humanas, biológicas, exatas e tecnológicas, a serem cursadas ao longo de dois anos. Concluído esse período, além de poder entrar sem vestibular em um curso de graduação da Unicamp, os formandos recebem um certificado de conclusão de curso sequencial de ensino superior.

Sob a coordenação da pesquisadora Ana Maria Carneiro, o Núcleo de Estudos de Políticas Públicas acompanha a implementação do programa, seus resultados e impactos. De acordo com Carneiro, o balanço dos dois primeiros anos de atividades foi positivo, com os objetivos plenamente alcançados.

Segundo a Unicamp, os alunos matriculados no Profis apresentam renda familiar média 3,6 vezes menor do que a renda média da população de 18 a 24 anos do Estado de São Paulo com acesso ao ensino superior.

“Em relação ao histórico escolar, além de terem cursado o ensino médio completo em escola pública (pré-requisito do programa), 92,5% cursaram também o ensino fundamental na rede pública”, afirma Carneiro.

Cotas paulistas

O programa da Unicamp inspirou a proposta do governo paulista que pretende aumentar a participação de estudantes de escola pública nas universidades estaduais para 50% até 2016.

Pela proposta, os alunos egressos do ensino público poderão de passar por um curso de dois anos de duração, feito de forma semipresencial, pela Univesp (Universidade Virtual do Estado de São Paulo).  Esse sistema, cujo ingresso se dará pela nota do Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) ou do Saresp (sistema de avaliação paulista), responderá por 40% da meta de inclusão, o equivalente a duas mil vagas.