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Fuvest divulga gabarito e cadernos de prova da primeira fase do vestibular 2013

Do UOL, em São Paulo

25/11/2012 19h13Atualizada em 25/11/2012 19h32

A Fuvest (Fundação Universitária para o Vestibular) divulgou na noite deste domingo (25) o gabarito e os cadernos de prova do vestibular 2013, que seleciona para a USP (Universidade de São Paulo) e para a Santa Casa.


A primeira fase registrou 10,7% de abstenção, informou a fundação.  Estavam inscritos 159.609 candidatos, que disputam 11.082 vagas, sendo 10.982 de cursos da USP e 100 da Medicina da Santa Casa.

Desses, 17.038 candidatos não compareceram aos locais de prova da primeira fase. Barretos foi a cidade com maior abstenção: 14,8% dos candidatos não fizeram as provas neste domingo. São Caetano do Sul foi o município com menor taxa de ausentes: 8%.

Prova de exatas difícil

Os primeiros candidatos a saírem das provas da Fuvest 2013 no prédio da FEA-USP (Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da Universidade de São Paulo), na capital paulista, disseram que as questões de exatas estavam mais difíceis, enquanto as perguntas de biologia são citadas como as mais fáceis, principalmente por candidatos de cursos ligados a área da saúde. A dificuldade dos itens de exatas também foi notada pelos candidatos que fizeram a prova em Ribeirão Preto, no interior do Estado.

“O mais fácil foi biologia, caiu bastante coisa sobre planta. E a prova de matemática estava mais difícil, tinha que lembrar muita fórmula”, afirmou Letícia Santos Kobayashi, 17, de São Paulo que tenta uma vaga no curso de medicina. Para ela, a prova, no geral, não estava complicada: “Fiz um ano de cursinho e espero que dê para passar”, disse.

Bruna Salles, 19, da capital paulista, quer cursar psicologia e achou que biologia estava mais fácil. Ela acredita que o fato de gostar mais da disciplina ajuda na hora da prova. Para Bruna, as questões de química e física estavam mais complicadas. “Não sei se é porque não gosto muito, mas achei bem difícil”. Segundo a candidata, a prova de português teve alguns poemas e perguntas sobre livros obrigatórios.

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'Tremidinha'

Para Pedro Sodré, 17, também de São Paulo que quer entrar no curso de engenharia civil, exatas foi o que “pegou mais”. “Comecei bem confiante, mas quando chegou a parte de exatas deu aquela tremidinha, estava bem difícil, mas acredito que fui bem sim”, contou.

De acordo com Pedro, as questões mais fáceis foram as de geografia, história e literatura. O candidato disse que caíram algumas perguntas sobre as leituras obrigatórias, inclusive uma que pedia uma comparação entre alguns livros -entre eles, Memórias Póstumas de Bras Cubas, Cortiço e Capitães da Areia.

Já para Mariana Costa Dell Erba, 17, que faz vestibular para arquitetura, física e matemática estavam mais fáceis. “Eu gosto mais dessas matérias e não tinha tanta conta e fórmula”, afirmou. A vestibulanda achou que história estava “meio complicada e confusa”.

Os candidatos ouvidos pela reportagem não relataram problemas em nenhuma questão e também disseram que a prova não tinha muitas imagens e textos diferentes, como músicas, por exemplo. 

A prova de hoje tinha 90 questões de múltipla escolha sobre o conteúdo das disciplinas do núcleo comum obrigatório do ensino médio: português, história, geografia, matemática, física, química, biologia, inglês, e algumas questões interdisciplinares.

Ribeirão Preto

“Achei a prova difícil. As questões de exatas foram bastante cansativas”, afirmou Matheus Rodrigues Carvalho, 21. O estudante trancou o curso de física em São Carlos para tentar cursar administração no campus de Ribeirão Preto, cidade onde mora.

Os testes de exatas também foram considerados complicados também por Luiz Vitor Schmidt, 17, que cursa o terceiro colegial num colégio particular de Ribeirão Preto. “As questões foram densas, longas. Já a parte de humanas não achei tão complicado.”

Daniele de Sá, 21, achou apenas que a prova de química exigiu mais de quem, como ela, tem facilidade em exatas. A jovem cursa engenharia civil numa  faculdade particular de Ribeirão e quer agora fazer medicina.

Para ela, que estudou em escola pública, os testes de ciências humanas foram a parte mais complexa da primeira fase. “Não gosto dessa área.” Ela disse que estudou uma média de duas horas por dia, por conta própria, para fazer o vestibular.

Fernando Teixeira, 21, achou a primeira fase fácil. Estudante do terceiro colegial de uma escola particular, ele tenta direito em Ribeirão e, além da escola, se dedicou seis horas por dia estudando para o vestibular. Ele achou a primeira fase da Fuvest mais fácil do que a da Unesp (Universidade Estadual Paulista). "Mas mesmo assim achei fácil. Caíram questões do segundo e terceiro anos do colegial, como fóton e movimento acelerado, em física.”

Para o treineiro Estevão Simões, 17, o nível da primeira fase foi muito exigente, principalmente em exatas. No segundo colegial de uma escola particular, ele está se preparando para tentar uma vaga em ciência da computação. “O grau de dificuldade foi alto.”