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Para professores, tempo foi insuficiente para resolver português e matemática da Unicamp

Danilo Schramm

Do UOL, em São Paulo

15/01/2012 21h01

Para os professores ouvidos pelo UOL, o tempo para solução das provas do vestibular 2012 da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas), realizadas neste domingo (15), foi considerado 'insuficiente". Neste domingo (15), os candidatos tiveram quatro horas para responder 24 questões dissertativas.

Para Célio Tasinafo, diretor pedagógico da Oficina do Estudante de Campinas (SP), as provas "se tornaram difíceis em função do pouco tempo para resolver as questões". Segundo ele, “as provas ficam trabalhosas e favorecem os candidatos mais experientes, que sabem administrar melhor o tempo”.

O professor de português do Curso Anglo, Eduardo Calbucci, concorda com o colega: “os enunciados estavam longos e o tempo para resposta foi insuficiente”. Para Calbucci, a prova apresentou conteúdo adequado, exigente e dentro do previsto, embora longo. .

“Português e literatura deveriam ser realizadas sozinhas num único dia”, afirmou a professora de português do Curso Etapa, Celia Passioni. "As respostas são complexas e o tempo é inviável. Não é uma prova para ser resolvida em quatro horas."

De acordo com o professor Alexandre Borges, a prova de matemática também foi exigente e longa. “O candidato que não administrou o tempo corretamente teve dificuldade pra responder todas as questões”. Gregório Krikorian, do Curso Objetivo, engrossa o coro: “a prova foi feita para o aluno que realmente estudou e está bem preparado, porém o espaço para resolução do exercício não é suficiente. Isso prejudica a qualidade do exame”.

Prova "longa" e "cansativa"

Os primeiros candidatos a sair classificaram a prova deste domingo (15) "cansativa", "longa", mas não a consideraram difícil. Para os vestibulandos ouvidos pelo UOL, o nível de dificuldade das questões era "médio".

"Achei a prova bem cansativa e longa, porque são 24 questões [todas dissertativas], mas não estava muito difícil", opina Bruno Durso, 18, que concorre a uma vaga de economia. "O foco da prova de português foi literatura e pouca gramática."

Candidato a uma vaga de engenharia química, Thiago Kerr, 17, complementa a impressão de Durso: "A prova de português tinha enunciados longos". Segundo ele, havia mais texto porque as questões exigiam análise de texto. Em termos de dificuldade, um alívio: "a prova estava mais fácil que eu esperava". Ainda assim, o estudante disse ter deixado em branco três questões de português e quatro de matemática. 

Com pressa, Marcos Assis da Costa, 20, concordou com os outros candidatos, mas não forneceu detalhes: "achei uma prova com questões medianas, mas foi muito longa". Ele quer fazer história na Unicamp.