Abstenção da segunda fase da Fuvest 2012 é de 9,03%
A abstenção da segunda fase da Fuvest (Fundação Universitária para o Vestibular) 2012 foi de 9,03%. Dos 31.504 convocados, 28.659 realizaram as provas. No ano passado, esse índice foi de 9,09%.
São Paulo teve 8,69% de abstenção. O maior índice foi registrado em Lorena, com 17,21%. Hoje, os candidatos responderam provas de disciplinas específicas para os cursos escolhidos.
A segunda fase teve três provas de caráter analítico-expositivo. Confira no quadro o que foi cobrado em cada dia:
Data | Provas | Quantidade |
8/1 - domingo | Português e redação | 10 questões e uma redação |
9/1 - segunda-feira | História, geografia, matemática, física, química, biologia, inglês Cada questão poderá abranger conhecimentos de mais de uma disciplina | 16 questões |
10/1 - terça-feira | Disciplinas específicas de acordo com a carreira escolhida | 12 questões |
Entre os dias 11 e 13 deste mês acontecem as provas de habilidades específicas para os cursos que não tiveram essa etapa antecipada. A divulgação da primeira chamada está prevista para 4 de fevereiro, com matrícula nos dias 8 e 9 do mesmo mês.
Candidatos mais velhos
No terceiro -- e último dia -- da segunda fase da Fuvest, os candidatos ouvidos pela reportagem tinham uma característica em comum: eles já deixaram o ensino médio há algum tempo e buscam na graduação um jeito de melhorar na carreira.
Com mais de 30 anos, esses vestibulandos têm a vantagem da experiência -- que ajuda a resolver as questões que cobram conhecimento de mundo e atualidades e ainda preservam a calma diante do exame. Nesta terça (10), eles fazem questões de matérias específicas relacionadas aos cursos a que estão concorrendo.
Efetivada em um banco, Ariane Ramos, 31, está tentando uma vaga de licenciatura em ciências. "Eles pedem uma graduação, então como não estou em condições financeiras [de pagar uma faculdade particular], vim prestar aqui que pelo menos me livro da mensalidade", explicou a candidata que achava não ter a "mínima chance" de passar no vestibular.
A situação de Júlia Dip, 27, é parecida. "Sou arquiteta por formação, mas desde a época de faculdade já dou aula de inglês e agora preciso de diploma", conta a candidata ao curso de letras. Segundo ela, o vestibular "está mais fácil agora que quando prestou há dez anos".
Para ter mais uma opção, o ator e produtor Sidney Bretanha, 40, está atrás de uma graduação de letras. Ele não tem curso superior. "Comecei uma faculdade de educação física, mas parei", diz. "Eu amo literatura e acho que, além de trazer cultura e conteúdo, é uma carta na manga [ter uma graduação]. Se tudo der errado, eu posso dar aula."
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