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Conhecimento importante para a vida

Página 3 Pedagogia & Comunicação

São Paulo

18/07/2011 09h00Atualizada em 15/03/2012 17h52

Uma forma de tornar os estudos mais agradáveis e melhorar a compreensão é descobrir a importância do tema em estudo para a vida cotidiana, desenvolvendo o que especialistas chamam de “aprendizagem significativa”. O roteiro do UOL Vestibular para esta semana traz conteúdos de diferentes disciplinas que ocupam o noticiário e as tarefas do dia a dia.

Os recursos minerais sempre tiveram uma importância vital para a humanidade e atualmente são fundamentais para a produção e movimentação do modo de produção. É o caso, por exemplo, da exploração do petróleo e notadamente no Brasil da exploração em áreas costeiras com as descobertas do pré-sal.

De fato, o tão comentado pré-sal é sempre uma aposta para os exames vestibulares e em relação a esse tema é importante que nos lembremos de sua origem. O pré-sal ocorreu no período cretáceo (era mesozoica), há mais ou menos 130 milhões de anos, quando ocorreu a separação do continente de Gondwana (América do Sul, África, Antártida, Austrália e Índia).

Como podemos perceber já estudamos todos estes detalhes nas semanas anteriores, assim como estudamos a tectônica das placas, questão também relacionada a este assunto. Mas o que é importante reter neste caso é a localização do pré-sal no Brasil e o impacto nas reservas de petróleo e gás natural do País. E, mais que isso, as consequências que essa exploração vai causar, como o avanço tecnológico, o surgimento de empresas, o crescimento econômico no litoral (norte de São Paulo, principalmente), a valorização de imóveis, a ocupação de encostas etc.

Mas há que se ter cuidado com as pegadinhas. Atualmente, o Brasil explora em larga escala no pós-sal. Há grande exploração de petróleo da Bacia de Campos (RJ) e o carvão mineral também é explorado no Vale do Tubarão em Santa Catarina, onde, porém, ele existe em pequena quantidade e não é de boa qualidade.

 

Detalhes

A importância do DNA para a Ciência se reflete na incidência de questões relacionadas ao tema no vestibular. Ainda não chegamos ao estudo de sua estrutura e do código genético – previsto para as próximas semanas de nosso roteiro – mas já temos pistas da relevância do tema. Por enquanto, nos detemos no ciclo de vida das células (interfase e mitose), em Biologia. As melhores perguntas neste tema são as que pedem uma interpretação do ciclo de vida celular, sobre o que acontece em cada evento, quando o DNA é duplicado e quando o material genético é separado.

A ênfase no estudo deve ser dada ao período S, antes da mitose, em que ocorre a duplicação do material genético; e também à anáfase, que é uma das quatro subfases da mitose, em que as cromátides irmãs se separam – separação de material genético pra formação de novas células.

Outra questão bastante lembrada nos exames é a comparação da mitose com a meiose. E devemos lembrar que a mitose é importante para a reprodução assexuada e a meiose para a reprodução sexuada. A ideia é que na meiose há a formação de gametas, no caso de animais, e esporos, nos vegetais.

 

De juros a bactérias

Na semana passada, já havíamos adiantado a importância de logaritmos nas provas de Matemática. Os conteúdos costumam aparecer em questões contextualizadas, sobre fatos tão variados como juros compostos, crescimento de população ou de culturas de bactérias ou intensidade de terremotos, por exemplo. A dica aqui é não somente conhecer muito bem as funções como saber utilizar as propriedades dos logaritmos, as propriedades de potências de números reais e interpretar os gráficos das funções.

 

Ferve ou dissolve?

Em Química, chegamos ao último tópico do tema ligações químicas, sobre as propriedades físicas: temperatura de ebulição, princípio de solubilidade. E, nesse aspecto, precisamos recordar que as propriedades são reflexo da estrutura do composto, das ligações que os átomos efetuam entre si e também de quais são estes átomos. Portanto, os temas das duas semanas anteriores são fundamentais para este estudo.

Aqui é preciso entender também que o ponto de ebulição dos compostos pode ser determinado com base nas interações intermoleculares: as pontes de hidrogênio, por exemplo, têm um papel muito importante nesse aspecto, pois sua presença aumenta o PE desses compostos. Já quanto a solubilidade dos compostos, ela pode ser prevista com base no princípio de que semelhante dissolve semelhante, ou seja, na semelhança de polaridade e das forças intermoleculares que predominam entre essas moléculas.

Questões sobre esse assunto são frequentemente incluídas nos vestibulares de forma prática, tratando, por exemplo, das características macroscópicas dos compostos, como cor e cheiro, para indicar seu grau de volatibilidade.

 

Do passado para o presente

A tendência de valorização dos povos indígenas e ruptura com a visão eurocêntrica da história (ideia já introduzida na semana anterior) tornam o período pré-colonial um assunto importante de História do Brasil para os vestibulares. Desse ponto de vista, devemos considerar não apenas a exploração lusitana sobre a costa brasileira, mas atentar para o quadro de diversidade tribal das populações indígenas. Tal quadro permitiu que franceses, entre outros, realizassem incursões nesse litoral e entabulassem relações parecidas com as dos lusitanos com os nativos. É importante, ainda, salientar a política de exploração assentada nas feitorias, no escambo e na obtenção do pau-brasil.

Mesmo em História geral, em que nos afastamos um pouco no tempo, podemos tratar temas atuais, com o estudo, por exemplo, da Roma Antigaapogeu e declínio da República e alto império e o cristianismo. Trata-se, na verdade, de um assunto com boas chances de aparecer em exames de vestibular, pois permite, entre outros aspectos, avaliar a capacidade das instituições para resolver conflitos sociais.  Esta relação é possível ao estudar, na República romana, as demandas dos plebeus que pressionavam pela participação na vida política e por direitos civis.

Neste caso, devemos considerar as vinculações entre planos interno e externo de política romana. Saber que os plebeus, patrícios e as legiões romanas entram em cena para chegar a um quadro de instabilidade, após a vitória sobre Cartago nas Guerras Púnicas, pois os generais rivalizavam com o Senado pela condução da vida política, a plebe tinha ainda muitas demandas não atendidas e os escravos se levantavam aqui e ali contra o domínio romano, entre outros aspectos.

Este cenário de crise levou à configuração da fase imperial. Este segundo ponto tem menos chances de ser considerado nos exames, mas não deixa de ter importância para entender a política romana em relação às religiões, já que na próxima semana entraremos na decadência deste sistema e início da Idade Média.

 

Dilema

Em Física, nos deparamos com um profundo dilema entre o método didático de estudos e a organização do conhecimento científico. Optamos por apresentar as Leis de Newton em um bloco indissociável, embora no temas anteriores sobre forças, alguns temas já tenham aparecido. Dada sua importância, vamos nos deter por duas semanas neste conteúdo. Portanto, é hora para resolver exercícios e esclarecer dúvidas. É necessário lembrar, também, que as três leis de Newton estudam os movimentos. São elas: princípio da inércia, princípio fundamental da dinâmica e ação e reação. A parte de mecânica (em que este tema está inserido) costuma representar 40% das provas de físicas dos grandes vestibulares, e este costuma ser um dos assuntos preferidos do examinador.

Para ir direto ao ponto, a ênfase costuma ser dada à 2ª lei (princípio fundamental da dinâmica). A combinação entre esta 2ª lei e a 3ª lei (princípio da ação-reação), aplicadas em sistemas mecanicamente isolados, permite criar o famoso princípio da conservação da quantidade de movimento, pelo qual se resolve os exercícios de explosão e colisão, frequentes nas provas.

 

Literatura e língua portuguesa

Em Literatura, nesta semana, a carta de Pero de Vaz de Caminha é o destaque do chamado Quinhentismo, a literatura de informação sobre o Brasil Colônia. Com este tema podem aparecer questões que usem o texto para dialogar com outras obras, como Iracema, de José de Alencar, em que é possível, por exemplo, pedir uma comparação sobre a descrição dos índios, ou um paralelo com o Romantismo, com Gonçalves Dias.

Dada a pouca relevância e simplicidade deste conteúdo, iniciamos o Barroco, com Padre Antônio Vieira (Sermão da sexagésima e Sermão da quarta-feira de cinzas). Apesar de constar nos programas, como o da Fuvest, este conteúdo também tem poucas chances de aparecer nas provas. Os sermões não costumam ser lembrados isoladamente, até porque são difíceis, mas em perguntas relacionadas a outras obras. Alguns textos de Vieira podem aparecer, por exemplo, junto à antologia de poemas do Vinicius de Moraes.

Quanto aos estudos dos verbos em Português, devemos verificar o imperativo e emprego das formas nominais. Sobre o imperativo, as provas costumam apresentar exercícios com frases coloquiais, como tirinhas, em que existe falta de uniformidade entre as pessoas (1ª e 2ª pessoa), nas quais se deve identificar e reescrever o trecho na norma culta. Quanto às formas nominais, o enfoque tem sido dado ao gerúndio. É sempre bom lembrar que o gerúndio pode ser usado como expressão de ação contínua e não como indicação de ação futura – neste caso ocorre o erro, bastante comum aliás, chamado gerundismo.