Prova de português da segunda fase da Fuvest foi exigente, dizem professores
Os professores de cursinho ouvidos pelo UOL Vestibular disseram que a prova de português da segunda fase da Fuvest, aplicada neste domingo (9), foi exigente e avaliou o aluno.
“Não foi de um nível muito difícil”, diz Cristiane Bastos, do cursinho da Poli. “Foi uma prova bem feita, inteligente, objetiva, clara.” Eduardo Calbucci, do Anglo, comentou sobre o dificuldade do exame. “Não dá pra considerar como difícil, mas é para gente perceber um aumento do grau de dificuldade em relação aos anos anteriores”, afirma.
Elizabeth Massaranduba, do Objetivo, considerou a prova difícil. “Foram questões de altíssimo nível. Difíceis para o aluno e mais exigentes que a do ano passado. Foi difícil como a prova da primeira fase.”
Para o professor de português e redação do Etapa, Vítor França, a prova seguiu o "jeitão" da Fuvest, com questões que exigiam interpretação tanto dos textos a serem analisados quanto dos enunciados. “Em algumas questões, era preciso prestar muita atenção no que [a Fuvest] pedia, como é o caso da número três", disse França.
Redação
O tema da redação foi elogiado pelos professores. “Foi um presente para os alunos. O tema do ano passado foi muito difícil”, diz Elizabeth.
França comentou ainda o tema da redação, que ele achou “mais acessível que o do ano passado”. “Tinha um pé na subjetividade e um pé no cotidiano” -- e isso, na opinião do professor, tornava o tema mais próximo.
“Foi excelente o tema da redação. O candidato, para conseguir trabalhar bem com o tema, tinha que ter consciência política, moral”, diz Cristiane.
Já Calbucci afirmou que a própria banca deu uma “forcinha” pro candidato. “A Fuvest facilita um pouco a vida do aluno, porque a própria banca interpreta pro aluno a coletânea. Esse ano, terminaram fazendo uma pergunta. Quando elas apresentam por uma pergunta, é um facilitador.”
Não será divulgado, por parte da Fuvest, o padrão de respostas esperado.
Prova "tranquila"
Os primeiros candidatos que saíram consideraram o exame “tranquilo”. "A prova estava tranquila. Nem tão difícil, nem tão fácil”, disse Matheus Favato, 16, que faz o vestibular como treineiro. Ele disse que se saiu “melhor do que esperava” no teste.
Sílvia Covas, 21, estudante de psicologia do Mackenzie e candidata a uma vaga em educomunicação, disse que achou a prova interessante. “Nunca tinha prestado Fuvest. [A prova] Estava bem tranquila.”
Já Ricardo Fukui, 31, que quer uma vaga em matemática aplicada e computacional, deixou uma questão da prova de português em branco. Ele também reclamou do tema da redação -"altruísmo e pensamento a longo prazo no mundo contemporâneo". “Acho meio batido, já que as pessoas falam o tempo inteiro em ser altruístas e não são.”
Nervosismo na entrada
Primeiro, segundo ou quarto vestibular, não importa: os candidatos que fizeram a segunda fase do vestibular 2011 da Fuvest estavam tensos na entrada.
"Estou revisando para dar mais tranquilidade", disse, entre livros e folhas de estudo, a candidata Priscila Amaral, 18, que tenta uma vaga em oceanografia. Apesar do nervosismo, ela acha que hoje, quando os alunos farão provas de português e redação, "vai ser o melhor dia". "Mas", afima, "acredito que a específica não seja tão difícil."
Altruísmo foi tema da redação
O tema de redação da Fuvest 2011 foi um questionamento: "O altruísmo e o pensamento a longo prazo ainda têm espaço no mundo contemporâneo?". Mais de 38 mil vestibulandos eram esperados para as provas de língua portuguesa (10 questões) e redação. As provas prosseguem até terça-feira (11).
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