(Fuvest-94) Sobre as invasões dos "bárbaros" na Europa Ocidental, ocorridas entre os séculos III e IX, é correto afirmar que
foi uma ocupação militar violenta que, causando destruição e barbárie, acarretou a ruína de todas as instituições romanas.
se, por um lado, causaram destruição e morte, por outro contribuíram, decisivamente, para o nascimento de uma nova civilização, a da Europa Cristã.
apesar dos estragos causados, a Europa conseguiu, afinal, conter os bárbaros, derrotando-os militarmente e, sem solução de continuidade, absorveu e integrou os seus remanescentes.
se não fossem elas, o Império Romano não teria desaparecido, pois, superada a crise do século III, passou a dispor de uma estrutura socioeconômica dinâmaica e de uma constituição política centralizada.
os godos foram os povos menos importantes, pois quase não deixaram marcas de sua presença.
(Fuvest-94) Sabinada na Bahia, Balaiada no Maranhão e Farroupilha no Rio Grande do Sul foram algumas das lutas que ocorrerram no Brasil em um período caracterizado
por um regime centralizado na figura do Imperador, impedindo a constituição de partidos políticos e transformações sociais na estrutura agrária.
pelo estabelecimento de um sistema monárquico descentralizado, o qual delegou às Províncias o encaminhamento da "questão servil".
por mudanças na organização partidária, o que facilitava o federalismo, e por transformações na estrutura fundiária de base escravista.
por uma fase de transição política, decorrente da abdicação de D. Pedro I, fortemente marcada por um surto de industrialização, estimulado pelo Estado.
pela redefinição do poder monárquico e pela formação dos partidos políticos, se que se alterassem as estruturas sociais e econômicas estabelecidas.
(Fuvest-94) Entre as mudanças ocorridas no Brasil Colônia durante a União Ibérica (1580-1640), destacam-se
a introdução do tráfico negreiro, a invasão dos holandeses no Nordeste e o início da produção do tabaco no Recôncavo Baiano.
a expansão da economia açucareira no Nordeste, o estreitamento das relações com a Inglaterra e a expulsão dos jesuítas.
a incorporação do Extremo-Sul, o início da exploração do ouro em Minas Gerais e a reordenação administrativa do território.
a expulsão dos holandeses do Nordeste, a intensificação da escravização indígena e a introdução das companhias de comércio monopolistas.
a expansão da ocupação interna pela pecuária, a expulsão dos franceses e o incremento do bandeirismo.
(Fuvest-95) As cidades medievais
não diferiam das cidades greco-romanas, uma vez que ambas eram, em primeiro lugar, centros político-administrativos e local de residência das classes proprietárias rurais e, secundariamente, também centros de comércio e manufatura.
não diferiam das cidades da época moderna, uma vez que ambas, além de serem cercadas por grossas muralhas, eram, ao mesmo tempo, centros de comércio e manufatura e de poder, isto é, politicamente autônomas.
diferiam das cidades de todas as épocas e lugares, pois o que as definia era, precisamente, o fato de serem espaços fortificados, construídos para abrigarem a população rural durante as guerras feudais.
diferentemente de suas antecessoras greco-romanas eram principalmente centros de comércio e manufatura e, diferentemente de suas sucessoras modernas, eram independentes politicamente, dominando um entorno rural que lhes garantia o abastecimento.
eram separadas da economia feudal, pois sendo esta incapaz de gerar qualquer excedente de produção, obrigava-as a importar alimentos e a exportar manufaturas fora do mundo feudal, daí a importância estratégica do comércio na Idade Média.
(Fuvest-95) Sobre o Tratado de Tordesilhas, assinado em 7 de junho de 1494, pode-se afirmar que objetivava
demarcar os direitos de exploração dos países ibéricos, tendo como elemento propulsor o desenvolvimento da expansão comercial marítima.
estimular a consolidação do reino português, por meio da exploração das especiarias africanas e da formação do exército nacional.
impor a reserva de mercado metropolitano, por meio da criação de um sistema de monopólios que atingia todas as riquezas coloniais.
reconhecer a transferência do eixo do comércio mundial do Mediterrâneo para o Atlântico, depois das expedições de Vasco da Gama às Índias.
reconhecer a hegemonia anglo-francesa sobre a exploração colonial, após a destruição da Invencível Armada de Filipe II, da Espanha.
(Fuvest-95) A organização do Estado brasileiro que se seguiu à Independência resultou do projeto do grupo
liberal-conservador, que defendia a monarquia constitucional, a integridade territorial e o regime centralizado.
maçônico, que pregava a autonomia provincial, o fortalecimento do executivo e a extinção da escravidão.
liberal-radical, que defendia a convocação de uma Assembléia Constituinte, a igualdade de direitos políticos e a manutenção da estrutura social.
cortesão, que defendia os interesses recolonizadores, as tradições monárquicas e o liberalismo econômico.
liberal-democrático, que defendia a soberania popular, o federalismo e a legitimidade monárquica.
(Fuvest-96) Sobre o feudalismo no Ocidente, é correto afirmar que
nasceu na Idade Média, mas sobreviveu ao fim desta época, como demonstram sua difusão pelas Américas, espanhola e portuguesa, e sua permanência na Europa, ao longo do período moderno.
seu período de incubação, entre os séculos IV e VIII, e de decadência, entre os séculos XIV e XVI, foram quase tão longos, quanto seu próprio período de plenitude (séculos IX a XIII).
não teria se desenvolvido, não fossem a expansão árabe e, depois, a presença das demais civilizações orientais, que obrigaram a Europa a se isolar e construir sua própria identidade.
foi um sistema não original, pois também existiu em lugares como a Ásia Menor, durante o Império Bizantino, certas regiões da África, antes da colonização, e no Japão, na era Tokugawa.
foi um modo de produção inferior ao escravista romano, pois, se este produziu a riqueza do Império, aquele muito pouco teve a ver com a riqueza das cidades da Baixa Idade Média.
(Fuvest-96) Sobre as universidades na América colonial, é possivel afirmar que
as Coroas portuguesa e espanhola, preocupadas desde o início do período colonial com a questão da educação, criaram universidades já no século XVI.
no Brasil não foram criadas universidades no período colonial e na América Espanhola elas tiveram apenas existência efêmera, não havendo real interesse em sua manutenção.
as Coroas portuguesa e espanhola, envolvidas com a implantação de um sistema de exploração, não cuidaram da criação de universidades em suas colônias.
assim como Salamanca serviu de modelo para a organização das universidades da América Espanhola, Coimbra foi modelo no Brasil e em Goa, na Índia.
enquanto no Brasil não foram criadas universidades no período colonial, na América Espanhola, já no século XVI, foram fundadas as universidades de São Marcos de Lima e a do México.
(Fuvest-96) Nas atas dos debates parlamentares e nos jornais brasileiros da década de 1850, encontram-se muitas referências, positivas ou negativas, à Inglaterra. Estas últimas, em geral, devem-se à irritação provocada em setores da sociedade brasileira por pressões exercidas pelo governo inglês para
diminuir gradativamente a utilização de escravos na agricultura de exportação.
dar ao protestantismo o mesmo status de religião oficial que tinha o catolicismo.
impedir o julgamento por tribunais brasileiros de um oficial inglês que assassinou um cidadão brasileiro.
a extinção do tráfico de escravos, tendo seus objetivos sido alcançados em 1850.
subordinar a política externa brasileira a interesses ingleses na África e na Ásia.
(Fuvest-96) Simon Bolívar escreveu na Conhecida Carta da Jammaica de 1815:"Eu desejo, mais do que qualquer outro, ver formar-se na Ammérica (Latina) a maior nação do mundo, menos por sua extensão e riquezas do que pela liberdade e glória." Sobre esta afirmação podemos dizer que
tal utopia da unidade, compartilhada por outros líderes da independência, como San Martin e O'Higgins, não vingou por ineficiência de Bolívar.
inspirou a união entre Bolívia, Colômbia e Equador que formaram, por mais de uma década, uma única nação, fragmentada, em 1839, por problemas políticos.
Bolívar foi o primkeiro a pensar na possibilidade da unidade, idéia posteriormente retomada por muitos políticos e intelectuais latino-americanos.
essa idéia, de grande repercussão entre as lideranças dos movimentos pela independência, foi responsável pela estabilidade da unidade centro-americana.
Bolívar foi uma voz solitária, nestes quase 200 anos de independência latino-americana, ausentando-se tal idéia dos debates políticos contemporâneos.
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