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Assim como o teste deve obedecer a um esquema de estruturação para ser eficaz enquanto instrumento de avaliação, a prova também é organizada, à luz da pedagogia, a partir de técnica apropriada.

Conhecer alguns aspectos da organização das provas do vestibular ajuda muito a perder o medo de encará-las e torna a tarefa de enfrentá-las menos misteriosa e, por isso, mais fácil.

Com o objetivo principal de identificar quem sabe mais, uma boa prova não pode conduzir o candidato preparado a dúvidas que possam prejudicar seu desempenho. Ela deve ser clara e apresentar variados graus de dificuldade de uma questão para outra.

Constituída por testes, a 1ª fase da Fuvest traz as chamadas "pegadinhas", mas é uma prova, por isso não pode ser uma sucessão de armadilhas, pois, além de o vestibulando não ser o Indiana Jones, a situação - um exame de seleção - já é estressante por sua natureza.

Responda primeiro às questões das quais tem certeza da resposta, desse modo você está utilizando bem o tempo disponível e, indiretamente, clareando o caminho para a resposta das questões sobre as quais há dúvida.

Como? Por quê? É simples! Uma prova de testes bem elaborada deve contemplar o mesmo número de vezes cada uma das alternativas como a correta. Das 26 questões de português da Fuvest 1999, cada alternativa apareceu como correta cinco vezes e apenas uma, seis, por óbvios motivos matemáticos!

Concentrar grande número de respostas certas numa única alternativa é um grande erro de elaboração porque irá prejudicar principalmente o candidato preparado.

Ao chegar à mesma alternativa várias vezes, ele acaba sendo induzido a achar que está errado. Da dúvida ao erro, nesse caso, o passo é pequeno.

A consciência de que a distribuição das respostas corretas entre as alternativas é igualitária torna mais fácil resolver as questões de que não se tem segurança da resposta. Além de ajudar até mesmo naquele momento em que "chutar" é a única estratégia que resta.

Depois de responder a todos os testes que conseguir, o passo seguinte é checar as alternativas em que se concentram as respostas encontradas. Estas podem se concentrar em duas ou três opções, o que vai indicar a direção da resposta das outras questões.

Imagine que das 26 questões da Fuvest 1999, você respondeu conscientemente a 15. Checando as alternativas encontradas, você percebeu que foram muitas letras "a", "b" e "c".

Assim, já surge clara a ideia de que nas questões que ainda precisam ser resolvidas há maior probabilidade de as respostas estarem nas letras "d" e "e".

Nesse momento, o melhor procedimento é o, já explicado, de eliminar as alternativas de que se tem certeza da incorreção. Depois disso, entre as que restarem no páreo, analisar atentamente e considerar também o número de respostas certas já encontrado em cada uma delas.

Trocando em miúdos, ao responder à sua prova de vestibular, observe o número de vezes em que você marca cada alternativa. Deve haver um equilíbrio, divida o número de testes pelo número de alternativas, você encontrará a quantidade ideal de vezes em que cada uma deve ser assinalada.

Se, ao término do exame, você constatou uma concentração muito grande de respostas numa mesma opção, vale a pena uma revisão cuidadosa da prova antes de entregá-la, especialmente em se tratando da 1ª fase da Fuvest.

Equilibre ao máximo o número de vezes em que marca cada opção e jamais altere uma questão respondida conscientemente. Lembre-se de que os professores que elaboram as provas do vestibular não são gatos, os candidatos não são ratos nem o vestibular é jogo de bandido e mocinho.

Por tudo isso, conhecer a estrutura da prova é importante para um bom desempenho, mas nada substitui o conhecimento e a preparação prévia.

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