História do Brasil -
Assim como o atentado às torres gêmeas do World Trade Center nos EUA, o levante de Jacareacanga também começou num dia 11, em fevereiro de 1956. Os oficiais da Aeronáutica, Haroldo Veloso e José Chaves Lameirão, sequestraram um bimotor da FAB (Força Aérea Brasileira) e rumaram para Jacareacanga, uma base aérea do Pará. No caminho, pousaram nas bases de Aragarças (GO), Cachimbo (PA) e Santarém (PA) e obtiveram a adesão da maioria das tropas nelas sediadas. Dez dias depois, o exército venceu os revoltosos e prendeu os envolvidos. Eles foram anistiados posteriormente.
O acontecimento integrou a crise política em torno da posse do presidente Juscelino Kubitschek, em 1956.
Os três principais partidos do Brasil eram o PSD (Partido Social Democrático), a UDN (União Democrática Nacional) e o PTB (Partido Trabalhista Brasileiro). Na eleição presidencial de 1955, JK (PSD-PTB) e o general Juarez Távora (UDN) eram os favoritos.
JK pretendia conciliar a participação do capital estrangeiro com o nacional, reservando para o Estado os setores de base. Juarez desejava liberar os investimentos estrangeiros no Brasil. Era a disputa do nacional-desenvolvimentismo contra o "entreguismo".
JK venceu com 36% dos votos. A UDN contestou a vitória, afirmando que JK não atingira 50% dos votos. A Constituição de 1946 não observava esse critério; em turno único, o mais votado era o eleito.
A crise política cresceu após a eleição, antes da posse de JK. O presidente Café Filho pediu licença de saúde; assumiu Carlos Luz, presidente da Câmara dos Deputados, mas foi deposto pelo marechal Teixeira Lott, um oficial legalista, sob a suspeita de que facilitaria um golpe de Estado, patrocinado pela UDN, para não dar posse a JK.
Lott impediu o retorno de Café Filho, e a presidência foi entregue a Nereu Ramos, presidente do Senado, que deu posse a JK com a garantia do Exército em 31 de janeiro de 1956.
O episódio de Jacareacanga, iniciado em 11 de fevereiro, foi o último descontentamento armado contra JK.
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