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Lolita - Vladimir Nabokov

Do Banco de Dados da Folha

"Lolita" é uma das obras mais polêmicas da literatura contemporânea universal.

Muito arrojado para a moral vigente na época, o romance de Vladimir Nabokov (1899-1977) foi inicialmente recusado por várias editoras. Ao ser finalmente lançado, em 1955, por uma editora parisiense, gerou opiniões antagônicas: houve quem definisse o livro como um dos melhores do ano; houve quem o considerasse pornografia pura. Nos Estados Unidos, onde só viria a ser publicado em 1958, rapidamente conquistou o topo das listas de mais vendidos.

Visto hoje, filtrado pelos anos e por uma verdadeira biblioteca de comentários e críticas, Lolita parece sobretudo uma apaixonada história de amor, escrita com elegante desespero. O protagonista é o obsessivo Humbert, professor de meia-idade. Da cadeia, à espera de um julgamento por homicídio, ele narra, num misto de confissão e memória, a irreprimível e desastrosa atração por Lolita, filha de 12 anos de sua senhoria.

Escrito num estilo inimitável - mas não intraduzível, como bem se verá -, "Lolita" é uma obra-prima da literatura do século 20. Aqui se cruzam alguns dos temas clássicos da arte de todos os tempos (a paixão, a juventude, o amadurecimento) com questões mais típicas da nossa modernidade, como as ambivalências eróticas e o exílio - que é uma questão tanto de geografia quanto da linguagem e do coração.

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