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Redação

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De um lado, o mistério que alimenta a ansiedade do candidato em relação ao exame ao qual será submetido. De outro, algumas certezas para as quais é possível estar preparado com a devida antecedência.

Um olhar atento para os vestibulares da Fuvest, Unicamp e Unesp é suficiente para constatar que nos próximos haverá questões pedindo que se reescreva algum trecho de texto corrigindo o que se fizer necessário para deixá-lo de acordo com a norma culta.

Um novo olhar, dessa vez mais aguçado, deixará evidente que essas questões, na verdade, requerem do vestibulando conhecimentos gramaticais diversos e concomitantes.

A garantia de sucesso é simples: estudar os conteúdos gramaticais fundamentais -pontuação, classes de palavras, termos da oração, concordância, regência, período composto e seus conectivos correspondentes- sem os quais se torna impossível a tarefa de responder adequadamente a qualquer prova de português.

Tome-se como exemplo o item "a", da questão 1, da Fuvest-99. O comando era reescrever e corrigir o seguinte trecho, extraído de um texto publicitário: "... as bebidas que todo mundo gosta, das marcas que todo mundo pode confiar".

Inicie a investigação do segmento procurando identificar o sujeito e o verbo de cada oração e colocar o período na ordem direta -sujeito, verbo, complementos. Isso facilita o trabalho de localização das incorreções. Desse modo, obtém-se: "todo mundo gosta das bebidas, todo mundo pode confiar nas marcas".

O aparecimento das preposições de (de + as = das) e em (em + as = nas) denuncia onde se encontram os erros do período original e o tipo de correção a ser procedido. A resposta esperada é: "as bebidas de que todo mundo gosta, as marcas em que todo mundo confia".

Muitos candidatos, em especial os que demonstram maturidade intelectual para ler bem um texto, serão capazes de alcançar a resposta certa. Isso não significará, entretanto, a consciência de que respondeu a uma questão de regência verbal, de que foi avaliado seu conhecimento quanto à predicação dos verbos "gostar" "confiar".

O exemplo é útil para demonstrar que boa leitura e bom senso são requisitos eficazes na resolução de questões gramaticais de conteúdo específico, mas, sobretudo, é também útil para confirmar a importância de se preparar previamente para o exame.

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