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No pós-Guerra Fria, países de todas as partes do mundo buscaram novas formas de organização política e econômica ou simplesmente resolveram implementar as que já existiam. A união seria, na década de 90, o único caminho para a sobrevivência. Com isso, a regionalização passou a ser o paradigma do momento.

Criando acordos que garantiam relações privilegiadas entre seus membros, os países criaram associações como união aduaneira (livre-comércio interno e acordos com países extrabloco), mercado comum (livre circulação de capitais, pessoas, serviços e produtos) e zona de livre-comércio (eliminação ou redução de taxas aduaneiras entre seus membros).

Nessa "blococracia", temos em PIB (Produto Interno Bruto) decrescente: Apec (Cooperação Econômica da Ásia e do Pacífico), Nafta (Acordo de Livre-Comércio da América do Norte), UE (União Européia), Mercosul (Mercado Comum do Sul), Asean (Associação das Nações do Sudeste Asiático), CEI (Comunidade dos Estados Independentes), Pacto Andino, SADC (Comunidade da África Meridional para o Desenvolvimento) e Caricom (Mercado Comum e Comunidade do Caribe).

A Alca (Área de Livre-Comércio das Américas), que deve estrear em 2005 como o segundo maior bloco econômico mundial, enfrenta alguns problemas para sua criação:
 

  • Países com níveis de desenvolvimento tão distintos, como os EUA e o Haiti, não terão relações igualitárias;
  • Países como o Brasil ainda não estão preparados econômica e politicamente para um embate com os irmãos do Norte. Veja-se o "affair" Embraer-Bombardier, em que o Brasil foi tratado como nanico;
  • A necessidade do fortalecimento do Mercosul para que haja um maior poder de barganha com os EUA e a União Européia;
  • O Mercosul perdeu o Chile (com mais importância estratégica do que econômica), mas pode ganhar a África do Sul;
  • A obsessão do cidadão "amerikane" por acordos bilaterais, pela manutenção de suas barreiras protecionistas e pela "via rápida".

    Fica claro que existem duas posições antagônicas envolvendo a Alca: a dos EUA, que ainda enxergam o continente com os olhos da Doutrina Monroe, e a do Brasil, que deseja aumentar seus trunfos. Entre os dois existe uma gama de países que carregam as típicas incertezas latinas.

    Deve ser muito difícil escolher entre liberalismo e subordinação econômica total e um projeto novo e viável de integração latino-americana. A força faz a união, certo?

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