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O saneamento básico é a medida de prevenção da quase totalidade das verminoses presentes no quadro patológico de nosso país.

Entre os vermes de corpo achatado (platelmintes), podemos destacar o Schistossoma mansoni, causador da esquistossomose, doença endêmica no Brasil que poderia ser facilmente saneada. Parasitando mais comumente o fígado e os órgãos abdominais do hospedeiro humano, o verme utiliza o sistema circulatório hemorroidário - que drena o reto do ser humano - e deposita seus ovos no final do sistema digestivo, ovos estes que são eliminados com as fezes.

Ao entrar em contato com a água, esses ovos eclodem ("chocam") e liberam uma larva, o miracídeo. Para tornar-se infestante, a larva deve transmutar-se em outro estágio larvário, a cercária. Essa transformação ocorre no interior do hospedeiro intermediário, um caramujo planorbídeo do gênero Bionphalaria.

Essas larvas penetram na pele de uma pessoa que entre em contato com água contaminada pelas cercárias, causando um grande prurido (coceira). As lagoas infestadas são conhecidas como "lagoas de coceira".

A patologia é de difícil tratamento e pode levar à morte quando não severamente tratada.

O saneamento básico é talvez a forma mais eficaz para o controle dessa doença, assim como das demais parasitoses causadas por vermes. Nesse caso, a eliminação dos vetores, os caramujos, também pode ser listada como meio de controle da endemia (doença que mantém o seu nível de incidência) no país.

A eliminação das larvas do verme, por meio de um programa de lançamento de larvicidas e de óleos que impedem a respiração delas nas águas infestadas, parece-nos mais nociva, pois agride de forma indiscriminada o ambiente. O biocontrole -por exemplo, a colocação de predadores da larva e do transmissor- também pode ser uma medida eficaz.

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