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O termo 'fouling' vem do inglês e significa o conjunto de organismos que 'sujam' os cascos das embarcações. Na verdade, o termo é pouco apropriado, pois seres vivos não podem ser considerados propriamente 'sujeira'.

Um dos limites à produtividade natural do ambiente marinho é a área de superfície que pode prontamente ser colonizada no processo denominado de sucessão ecológica. Muitas espécies produzem as larvas planctônicas, que são carregadas por marés, por correntes e por ondas. Em algum momento do seu desenvolvimento, recrutam-se em alguma superfície rígida, natural ou não --um costão rochoso ou uma pilastra de um píer, por exemplo-- e crescem por meio de estágios sucessionais, formando comunidades que raramente atingem a estabilidade ou o clímax.

Diferentemente, na sucessão ecológica que acontece em campos e matas, o processo se estabelece com a chegada de sementes vegetais e de animais, até um ponto em que o sistema atinge o clímax ecológico, em que tudo o que se produz naquele ecossistema é consumido ali.

Nota-se, no 'fouling' marinho que ocupa regiões com pouca iluminação solar, uma menor ocorrência de vegetais do que de animais, que possuem, predominantemente, hábitos filtradores. O processo de colonização é sempre rápido, e os prejuízos causados por organismos do 'fouling' são muitos, por exemplo, o aumento do consumo de combustível dos navios, o comprometimento de estruturas, como pilastras de pontes e de portos, e até o ataque aos cabos de telefonia submarinos, que interligam os continentes.

O combate a esses organismos vem sendo feito por produtos sintéticos. A convenção internacional para o controle desses sistemas foi adotada em 2001, mas, até agora, pouco se investigou sobre suas reais consequências no equilíbrio dos ecossistemas.

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