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As contribuições apresentadas aqui refletem minha experiência em salas de aula, que parecem coincidir com a da maioria dos professores, pelo menos quanto a uma "estruturação comportamental básica".

Grosso modo, temos, nas classes, aqueles poucos alunos que se destacam pela excelência (atingida por esforço próprio), aqueles outros poucos que parecem insistir na simples alienação e uma parcela maior, com uma interessante diversidade de comportamentos e expectativas, que sempre atinge um "equilíbrio mínimo/médio".

É simples notar que as vagas nas boas universidades, com maior probabilidade, ficarão nas mãos de alunos do primeiro e do terceiro grupo. Mas de quais do terceiro grupo?

Neste texto, a palavra-chave, do ponto de vista biológico, é diversidade. Mais um conceito pouco entendido, ou seja, que pode fazer a diferença na hora de se destacar da média.

A mídia costuma nos apresentar a diversidade como um simples número de espécies, ou seja, a mata amazônica é mais diversa que um reflorestamento de eucaliptos, pois apresenta mais espécies.

Sim, até aí está correto! Mas pense neste caso: temos um hectare de mata com 1.000 indivíduos ("árvores"), distribuídos igualmente entre 50 espécies nativas e outro hectare, onde, em um pequeno canto, plantamos um exemplar de cada uma das 50 espécies nativas citadas e, no restante, plantamos 950 eucaliptos. Qual teria maior diversidade?

O primeiro, com 50 espécies, ou o segundo, com 51? Nosso bom senso diz o primeiro, não é? Estamos corretos. A verdadeira diversidade não leva em conta apenas o número de espécies (que, por sinal, chama-se riqueza), mas, sim, o quanto temos de cada uma dessas espécies (equitatividade).

No segundo caso, temos uma maior riqueza, mas também uma baixa equitatividade ou, se você preferir, uma enorme dominância dos eucaliptos, o que causa uma queda na medida real de diversidade. Outro conceito mais bem entendido.

E qual a ligação disso com o início? Bem, "biologicamente" falando, não há muita semelhança, mas pense bem: em primeiro lugar, você deve procurar sair da média, atingir a excelência; em segundo, atingir a excelência em muitas disciplinas, não só nas de que você mais gosta e, finalmente, procurar expandir seus conhecimentos, não se contentando com explicações simplistas. Aliás, se você chegou até aqui, temos um bom indício de que é aplicado.

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