Primeira fase da Unicamp 2015 tem textos curtos e pouco cálculo

Com enunciados e textos curtos, pouco cálculo e apenas quatro alternativas em cada questão, a primeira fase da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas) não deve ter apresentado problema para os candidatos quanto ao tempo de resolução, segundo professores ouvidos pelo UOL.

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"Foi uma prova muito bem feita quanto à extensão de textos e o volume de cálculos. O aluno não deve ter tido problemas em relação ao tempo", diz Célio Tasinafo, diretor pedagógico da Oficina do Estudante.  

Para Vera Lucia da Costa Antunes, coordenadora do Curso e Colégio Objetivo, a prova desse ano não foi trabalhosa, pois apresentava textos curtos e resoluções rápidas. "Foram poucas questões com alternativas longas, algumas de geografia e outras de biologia. Algumas questões cobravam conhecimentos fundamentais, mas o aluno precisava saber aplicar. Não era decoreba", afirma. 

Segundo o coordenador do Anglo Vestibulares, Luís Ricardo Arruda, o exame estava bem contextualizado, mas sem exageros. "Na área de exatas parece que eles tomaram o cuidado de pensar no aluno de humanas, que não é um especialista", afirma Arruda. Ele acredita que as questões mais difíceis de matemática, química e física ficaram para a segunda fase. 

Já o coordenador do Curso Etapa, Marcelo Dias Carvalho, destaca que, mesmo com as mudanças deste vestibular em relação aos anteriores, o estilo de prova dentro de cada disciplina foi mantido. "Português tem uma prova mais centrada em texto, com pouca gramática. Matemática e física são mais conceituais - embora não sejam tão complicadas, podem ter dado um pouco mais de trabalho por exigir conceitos. No todo, química teve uma dificuldade um pouco maior", avalia Carvalho.

Problemas

A professora Vera Lúcia, do Curso e Colégio Objetivo, aponta que a questão 16 (provas R e Z), de biologia, apresenta um enunciado contraditório, que pode gerar uma interpretação dúbia para o aluno. 

Na prova de física, o professor do Curso e Colégio Objetivo Ricardo Helou Doca observa problemas em duas questões, mas afirma que eles não comprometem a resolução.

Na questão 36 (provas R e Z), o resultado seria negativo, mas o sinal não aparece em nenhuma das alternativas. "O aluno pode interpretar que a resposta está em termos modulares, sem sinal, e assinalar a alternativa B. Mas a questão tinha que ter o sinal negativo ou explicar que a resposta estava em módulo. Se ele calculou, ele chegou na resposta B, mas sem sinal, não compromete muito", diz o professor.

Já na questão 40 (provas R e Z), o examinador confunde direção e sentido: "Dava para o aluno resolver, mas vai ver que o examinador estava confuso". 

A questão 54 (provas R e Z), de química, também apresenta um erro que não atrapalha na resolução final. O enunciado e as alternativas dizem que a dinamite é TNT, mas na verdade é TNG.