SP: Polícia vai investigar trote e ameaças a calouro de medicina
A polícia de São José do Rio Preto, interior de São Paulo, investiga agressões a um calouro de 22 anos durante trote na Famerp (Faculdade de Medicina). Segundo a Secretaria de Segurança Pública, o rapaz desmaiou após receber tapas e garrafadas na cabeça. Os veteranos teriam urinado sobre o jovem.
As agressões ocorreram há uma semana, por dois dias seguidos. Após comunicar à faculdade sobre o trote violento, o calouro passou a receber ligações com ameaças. O caso foi registrado na 1ª Central de Flagrantes da Delegacia Seccional de São José do Rio Preto e encaminhado ao 1º Distrito Policial.
A Famerp informou que abriu sindicância para apurar as agressões. Alunos foram ouvidos na manhã desta terça (25) pelo diretor da instituição, Dulcimar Donizeti de Souza. “Após a identificação dos responsáveis, a faculdade vai aplicar a punição de acordo com o regimento, que pode ser desde advertência até expulsão”, diz o comunicado.
Entenda o caso
Um estudante do primeiro ano de medicina fez queixa na polícia contra colegas por supostamente ter sofrido humilhações e agressões durante trote em uma chácara em São José do Rio Preto (438 km de São Paulo).
Luiz Fernando Alves, 22, desistiu de cursar a Faculdade de Medicina de Rio Preto (Famerp) porque, segundo ele, teria recebido ameaças dos agressores após as denúncias, feitas também à direção da instituição de ensino.
Alves procurou a polícia na última sexta (21) para relatar que havia sido obrigado por estudantes veteranos a ficar de joelhos com garrafas de cerveja sobre a cabeça.
Ainda de acordo com o relato, ao reclamar, colegas teriam urinado e derramado cerveja gelada sobre ele, além de desferir tapas e golpes em suas orelhas com garrafas da bebida.
As supostas agressões teriam ocorrido no dia 18, no primeiro dia de uma festa prevista para durar quatro dias. O aluno disse à polícia que chegou a desmaiar e, no segundo dia do trote, decidiu desistir da festa, realizada em uma chácara do bairro Jardim Aclimação.
À reportagem do UOL, o aluno afirmou nesta segunda-feira (24) que não está em condições psicológicas para comentar o caso e que pretende se transferir da faculdade. “Estou recebendo ameaças por telefone”, declarou.
*Com informações da Agência Brasil
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