Semana 3 Literatura
Fuvest
Camões escreveu obra épica ou lírica? Justifique sua resposta, exemplificando com obras do autor.
Resposta:
Camões escreveu obra épica e lírica. O poema épico Os Lusíadas, publicado em 1572, narra a viagem de Vasco da Gama às Índias e a História de Portugal. Os poemas líricos - sonetos, elegias, cantigas, redondilhas - estão reunidos em Rimas, obra publicada postumamente em 1595.
Unicamp
"Amor é fogo que arde sem se ver;
é ferida que dói, e não se sente;
é um contentamento descontente;
é dor que desatina sem doer."
Camões
"Terror de amar num sítio tão frágil como o mundo
Mal de amar neste lugar de imperfeição
Onde tudo nos quebra e emudece
Onde tudo nos mente e separa."
Sophia de Mello Breyner Andresen
Dos dois textos transcritos, o primeiro é de Luís Vaz de Camões (século XVI) e o segundo é de Sophia de Mello B. Andresen (século XX). Compare-os, discutindo, através de critérios formais e temáticos, aspectos em que ambos se aproximam e aspectos em que ambos se distanciam um do outro.
Resposta:
O texto 1 é clássico e apresenta preocupação formal: os versos são rimados e metrificados; o texto 2 apresenta versos brancos e livres. Ambos se aproximam pela temática amorosa e pelo tratamento dado a ela: abordam o amor como algo contraditório, que causa dor, sofrimento.
Fuvest
"Não mais, Musa, não mais, que a Lira tenho
Destemperada e a voz enrouquecida,
E não do canto, mas de ver que venho
Cantar a gente surda e endurecida."
Os versos acima pertencem a que parte de Os Lusíadas?
Vunesp
"Ó tu, que tens de humano o gesto e o peito
(Se de humano é matar uma donzela,
Franca e sem força, só por ter sujeito
O coração a quem soube vencê-la).
A estas criancinhas tem respeito,
Pois o não tens à morte escura dela;
Mova-te a piedade sua e minha,
Pois te não move a culpa que não tinha."
A estância transcrita pertence a Os Lusíadas, de Luís de Camões, e faz parte de um dos mais conhecidos "episódios" daquela obra. Indique-o nas alternativas abaixo assinaladas:
FGV-SP - 2010
Camões, grande Camões, quão semelhante
Acho teu fado ao meu, quando os cotejo!
Igual causa nos fez, perdendo o Tejo,
Arrostar co´o sacrílego gigante.
Como tu, junto ao Ganges sussurrante,
Da penúria cruel no horror me vejo.
Como tu, gostos vãos, que em vão desejo,
Também carpindo estou, saudoso amante.
----------------------------------------------
Modelo meu tu és, mas....oh, tristeza!...
Se te imito nos transes da Ventura,
Não te imito nos dons da Natureza.
M.M.Barbosa Du Bocage, Sonetos. Lisboa: Bertrand, s.d.
O poema apresenta várias marcas que caracterizam a retomada do Classicismo, seja do ponto de vista estilístico, seja do ponto de vista temático. Sirvam de exemplo, respectivamente:
FGV-SP - 2011
Camões, grande Camões, quão semelhante
Acho teu fado ao meu, quando os cotejo!
Igual causa nos fez, perdendo o Tejo,
Arrostar co´o sacrílego gigante.
Como tu, junto ao Ganges sussurrante,
Da penúria cruel no horror me vejo.
Como tu, gostos vãos, que em vão desejo,
Também carpindo estou, saudoso amante.
----------------------------------------------
Modelo meu tu és, mas....oh, tristeza!...
Se te imito nos transes da Ventura,
Não te imito nos dons da Natureza.
M.M.Barbosa Du Bocage, Sonetos. Lisboa: Bertrand, s.d.
Neste soneto, o autor estabelece um paralelo entre a sua vida e a de Camões, apontando várias coincidências e uma dessemelhança, a qual é: