Semana 19 Geografia

Unicamp 2008
A integração europeia, cuja construção se iniciou como um projeto utópico no final da Segunda Guerra Mundial, é a causa de muitas e importantes transformações na estrutura política e econômica da Europa Ocidental contemporânea. Pode-se afirmar que é graças à integração que a Europa conheceu uma longa fase de prosperidade econômica, com a modernização de estruturas produtivas e a melhoria substancial dos padrões de vida das populações europeias.
(Adaptado de Antonio Carlos Lesa, "A Europa, seus organismos e sua integração político econômica". In: Henrique Alternani de Oliveira e Antonio Carlos Lessa (orgs.), Política Internacional Contemporânea: mundo em transformação I. São Paulo: Saraiva, 2006, p. 59).

a) O Tratado de Roma, assinado em 1957, instituiu a Comunidade Econômica Europeia, um dos marcos da integração da Europa. Explique, sucintamente, os principais objetivos dessa integração.
b) O fim da Guerra Fria provocou grandes modificações nas relações internacionais. No caso da Europa, quais foram os dois principais desafios que o fim da Guerra Fria trouxe para a integração entre os países?

Resposta:

a) A criação do bloco econômico europeu no pós-Segunda Guerra Mundial teve por objetivos iniciais minimizar a influência econômica e política norte-americana (através da aceitação do Plano Marshall), conter o avanço do socialismo, representado pela União Soviética, e fortalecer a posição geopolítica e econômica da decadente Europa Ocidental no cenário mundial da Guerra Fria. O bloco europeu atingiu o maior nível de integração econômica ao se tornar, após o Tratado de Maastricht (dezembro de 1991), uma união econômica e monetária através de livre circulação de mercadorias, serviços, pessoas e investimentos (as quatro grandezas fundamentais da União Europeia), unificação de políticas econômicas e sociais, criação de um Banco Central único e circulação, a partir de 2002, do euro (moeda única do bloco).

b) Com o fim da Guerra Fria (1989), caiu a cortina que separava a Europa ocidental capitalista da Europa Oriental socialista. A queda dos regimes totalitários do Leste Europeu, o doloroso processo de transição da economia planificada para a de mercado e os problemas herdados do Estado socialista redundaram em uma grave crise econômica, social e política na região. Consequentemente, tais problemas redundaram em fortes fluxos migratórios para o oeste do continente. Assim sendo, a rica União Europeia, a partir do Tratado de Nice (2000), passa a aceitar os países da aludida região que se encontram mais avançados na economia de mercado capitalista como novos membros do bloco. O fim do forte controle estatal no leste da Europa fez ressurgir velhos nacionalismos que, notadamente na região balcânica, redundaram em forte fragmentação territorial e ressuscitaram cenas que, para a opinião pública européia, estavam para sempre enterradas nas cinzas da Segunda Guerra Mundial, exigindo a atuação e expansão da OTAN (Organização do Tratado do Atlântico Norte) para a área.

Fuvest 2008 - 2a fase
"A União Europeia (EU), composta por 27 países, apresenta um sistema político historicamente único, que vem evoluindo há mais de 50 anos".
Adaptado de Pascal Fontaine, 2007.

a) Cite duas nações, membros da EU, que não aderiram à moeda única, o Euro. Explique o porquê dessa não-adesão.
b) Outros países europeus estão reivindicando sua entrada para a EU. Cite um desses países e explique um motivo para tal reivindicação.
c) Cite uma exigência para um país ser aceito no bloco da EU. Explique.

Resposta:

a) Dos países signatários originais do Tratado de Nice, de 1999, não aderiram ao Euro: Reino Unido, Suécia e Dinamarca. Estes três países são monarquias e temiam pela perda da soberania sobre suas políticas monetárias. Também poderia ocorrer uma reestruturação de preços com base na concorrência direta de países que já adotaram o Euro, prejudicando alguns setores de suas economias.
Os que aderiram posteriormente ao Tratado - Eslovênia, Eslováquia, Polônia, Hungria, Chipre, Malta, República Tcheca, Lituânia, Letônia e Estônia - em 2004 e a Bulgária e Romênia em 2007 admitem o Euro como moeda de circulação, mas ainda emitem suas próprias moedas.

b) A Turquia tem grande interesse em integrar os quadros da União Europeia, pois receberia grandes investimentos. Sua economia seria dinamizada, mas o problema é que o país, apesar do esforço para a sua ocidentalização, não atende a requisitos mais elementares, como: ser um Estado democrático pleno, apresentar forte influência da religião islâmica em seu cotidiano político, além de problemas com minorias não assimiladas plenamente, como os curdos, ainda há restrições européias que têm como origem rivalidades e preconceitos históricos, e o fato da maioria da Turquia localizar-se na Ásia (Oriente Médio).

c) As condições para a inclusão de um país no conjunto de tratados que formalizam a União Europeia são:
- ser um Estado de Direito plenamente democrático, com separação entre poderes, transição de governos, sufrágio universal; laico mas plural no que se refere a minorias, não havendo discriminação de gênero ou de ordem étnica;
- manter uma política monetária cambial e financeira austera, combater a corrupção e fortalecer as instituições democráticas.
- estabelecer uma política ambiental consonante com os demais membros da organização.
- estabelecer políticas migratórias de acordo com os demais membros.

ENEM 2009
O fim da Guerra Fria e da bipolaridade, entre as décadas de 1980 e 1990, gerou expectativas de que seria instaurada uma ordem internacional marcada pela redução de conflitos e pela multipolaridade.
O panorama estratégico do mundo pós-Guerra Fria apresenta

ENEM 2009
Do ponto de vista geopolítico, a Guerra Fria dividiu a Europa em dois blocos. Essa divisão propiciou a formação de alianças antagônicas de caráter militar, como a OTAN, que aglutinava os países do bloco ocidental, e o Pacto de Varsóvia, que concentrava os do bloco oriental. É importante destacar que, na formação da OTAN, estão presentes, além dos países do oeste europeu, os EUA e o Canadá. Essa divisão histórica atingiu igualmente os âmbitos político e econômico que se refletia pela opção entre os modelos capitalista e socialista.
Essa divisão europeia ficou conhecida como

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