Semana 13 História do Brasil

UNIFESP - 2008

A independência do Brasil, quando comparada com a independência dos demais países da América do Sul, apresenta semelhanças e diferenças. Indique as principais

a) semelhanças.

b) diferenças.

Resposta:

a) Semelhanças: Tanto no Brasil, como nas colônias espanholas, os processos de independência foram conduzidos sob a liderança das elites econômicas coloniais, influenciadas pela ideologia liberal; em ambos os casos houve interferência Inglaterra em favor da emancipação, interessada no fim do Pacto Colonial devido à demanda por mercados em decorrência de sua industrialização; consolidadas as emancipações, as elites econômicas que se constituiram também em oligarquias políticas, assumiram o controle dos recém-fundados Estados nacionais latino-americanos, não promovendo alterações na estrutura social e econômica do período colonial e impediram a participação política dos segmentos populares.

b) Diferenças: O caso brasileiro é considerado "suis generis", pois a independência em relação a Portugal não se deu através de revoltas ou revoluções, sendo efetivada em 1822, sob a liderança do príncipe regente português no Brasil, D. Pedro I; foi adotado o regime monárquico de governo e foi preservada a unidade política nacional.

Na América Espanhola, a independência das colônias, liderada pelos "criollos" (descendentes de espanhóis nascidos na América que constituíam a elite econômica), foi conquistada através de guerras prolongadas, com batalhas sangrentas; consolidada a autonomia política, foi adotado o regime republicano presidencialista e as antigas colônias fragmentaram-se, dando origem aos vários Estados nacionais atuais de língua espanhola na América do Sul. 

UFPel - 2008

Art. 91 - Têm voto nestas eleições primárias:

10. - os cidadãos brasileiros que estão no gozo de seus direitos políticos. [...]

Art. 92 - São excluídos de votar nas assembleias paroquiais: [...]

50. - os que não tiverem de renda líquida anual cem mil réis por bens de raiz, indústria, comércio ou empregos.

[...]

Art. 94 - Podem ser eleitores e votar nas eleições dos Deputados, Senadores e membros dos Conselhos de Província os que podem votar na Assembleia Paroquial.

Excetuam-se:

10. - os que não tiverem de renda líquida anual duzentos mil réis por bens de raiz, indústria, comércio ou emprego. [...].

Art. 95 - Todos os que podem ser eleitores são hábeis para serem nomeados Deputados.

Excetuam-se :

10. - os que não tiverem quatrocentos mil réis de renda líquida, na forma dos artigos 92 e 94. [...]

30. - os que não professarem a religião do Estado."

            (Constituição Política do Império do Brasil, de 25 de março de 1824.)

De acordo com o texto e seus conhecimentos, é correto afirmar que a constituição

I. era democrática, considerando-se que os cargos para o poder Legislativo eram ocupados através do voto universal e secreto.

II. adotava o chamado "voto censitário".

III. garantia a liberdade religiosa a todos os residentes no Brasil, inclusive para os candidatos a cargos eletivos.

IV. foi outorgada por D. Pedro I.

Estão corretas apenas:

UFC - 2009

Leia o texto a seguir.

            Ofício da Villa do Crato. Temos presente o Ofício de V. Excelências do primeiro do corrente a que acompanharam os Decretos da dissolução da Assembleia Constituinte e Legislativa do Brasil plenamente congregada no Rio de Janeiro [...] e apesar do laconismo que se observa em dito Ofício, ele veio pôr-nos em perplexidade pelo modo decisivo com que V. Excelências, supremas Autoridades desta Província, mandam sem mais reflexão (...)

            (Jornal Diário do Governo do Ceará, 10. de abril de 1824.)

A citação acima se refere à dissolução da Assembleia Constituinte, em 1823, fato que se relaciona com a eclosão da Confederação do Equador. Sobre a participação do Ceará nesse movimento revoltoso, assinale a alternativa correta.

UNICAMP - 2010

No tempo da independência, não havia ideias precisas sobre o federalismo. Empregava-se "federação" como sinônimo de "república" e de "democracia", muitas vezes com o objetivo de confundi-la com o governo popular, embora se tratasse de concepções distintas. Por outro lado, Silvestre Pinheiro Ferreira observava ser geral a aspiração das províncias à autonomia, sem que isso significasse a abolição do governo central da monarquia. Mas a historiografia da independência tendeu a escamotear a existência do projeto federalista, encarando-o apenas como produto de impulsos anárquicos e de ambições personalistas e antipatrióticas.

(Adaptado de Evaldo Cabral de Melo, A Outra Independência. O federalismo pernambucano de 1817 a 1824. São Paulo: Ed. 34, 2004, p. 12-14.)

a) Identifique no texto dois significados distintos para o federalismo.

b) Quais os interesses econômicos envolvidos no processo de independência do Brasil?

Resposta:

a) De acordo com o texto, o federalismo poderia significar a autonomia provincial, porém sem a abolição do governo central, e também democracia, república ou governo popular.

b) Pode-se apontar entre os interesses econômicos envolvidos no processo de independência do Brasil, o interesse inglês em romper o pacto colonial português sobre Brasil evidenciado no apoio à transferência da Corte Portuguesa para o Brasil e nos benefícios obtidos com a Abertura dos Portos brasileiros em 1808, o interesse da aristocracia agroexportadora em defender o livre comércio e preservar seus privilégios e o interesse português em restaurar o monopólio do comércio com o Brasil quando da instalação das Cortes Portuguesas (Parlamento) a partir da Revolução do Porto em 1820. 

UFPR - 2011

"Temos a tendência de pressupor que todas as mudanças que decorreram de um movimento de independência foram para o melhor. Raramente, por exemplo, consideramos um movimento de independência como uma regressão, um triunfo do despotismo sobre a liberdade, de um regime imposto sobre um regime representativo. Apesar disso, no caso da independência do Brasil, essas acusações foram na época imputadas ao novo regime".

(Adaptado de MAXWELL, K. "Por que o Brasil foi diferente? O contexto da independência". In: MOTTA, C. G. (org.). Viagem incompleta: a experiência brasileira. São Paulo: Editora Senac, 2000, p 181.)

Qual dos eventos citados a seguir gerou as acusações mencionadas no texto?

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