Semana 12 História do Brasil

UEG - 2008

Que relação existe entre o Bloqueio Continental, lançado por Napoleão Bonaparte contra a Inglaterra, e a Independência do Brasil?

Resposta:

A relação entre o Bloqueio Continental e a Independência do Brasil pode ser identificada a partir da manutenção, por parte de Dom João VI, príncipe regente de Portugal, da aliança política e econômica com a Inglaterra, contrariando Napoleão. Temendo a invasão de Portugal, toda a Corte foi transferida para o Brasil, que foi elevado à condição de Reino Unido. A infraestrutura criada neste período, favorecida pela criação do Banco do Brasil e a abertura dos portos para o comércio com as nações amigas, fortaleceu a burguesia nacional e criou as condições necessárias ao início do processo de independência. 

UNIFESP - 2009

Em 1808, a família real portuguesa se transferiu para o Brasil. Esta transferência está ligada à:

UNESP - 2010

A Independência do Brasil do domínio português significou o rompimento com

UFPR - 2011

Em janeiro de 1808, D. João, Príncipe Regente do Império Português, expediu a seguinte Carta Régia:

            "Eu, o Príncipe-Regente [...] atendendo à representação que fizestes subir à minha Real presença, [...] sou servido ordenar [...] o seguinte:

            Primeiro – Que sejam admissíveis nos portos do Brasil todos e quaisquer gêneros, fazendas e mercadorias, transportadas em navios estrangeiros das potências que se conservam em paz e harmonia com a minha Real Coroa [...]. Segundo – Que não só os meus vassalos, mas também os sobreditos estrangeiros possam exportar para os portos que bem lhes parecer, a benefício do comércio e agricultura, que tanto desejo promover, todos e quaisquer gêneros e produções coloniais [...]. O que tudo assim fareis executar com o zelo e atividade que de vós espero." (Adaptado de Coleção das Leis do Brasil – 1808.)

Com base nesse documento e nos conhecimentos históricos, escreva um texto abordando as consequências dessas determinações de D. João sobre o pacto colonial.

Resposta:

As novas normas aprovadas por D. João VI após sua chegada ao Brasil determinaram a "abertura dos portos às nações amigas", que, na prática, representou a ruptura do pacto colonial, uma vez que a essência deste era o monopólio metropolitano, que havia vigorado praticamente por trezentos anos. Essa medida favoreceu a burguesia industrial e mercantil da Inglaterra, único país industrializado e com capacidade para exportar para o Brasil e prejudicou a burguesia mercantil lusitana, que perdeu o controle absoluto sobre o mercado brasileiro. 

UERJ - 2011

O enriquecimento da vida cultural do Rio de Janeiro, e até mesmo do país, após 1808, decorreu, sobretudo, das necessidades da elite dominante. No ambiente acanhado da sociedade americana, a novidade dos procedimentos característicos do círculo real exerceram extraordinário fascínio, produzindo um poderoso efeito "civilizador" em relação à cidade. Em contrapartida, a Coroa não deixou de adotar também medidas de controle mais eficientes. Após a tormenta da Revolução Francesa e ainda vivendo o turbilhão do período napoleônico, era o medo dos princípios difundidos pelo século das Luzes, especialmente as "perniciosas" ideias francesas, que ditava essas cautelas. (NEVES, Lúcia M. P. das e MACHADO, Humberto F. Adaptado de O império do Brasil. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1999.)

O texto aborda um duplo movimento provocado pela presença da Corte portuguesa no Brasil: o estímulo às atividades culturais na colônia e, ao mesmo tempo, o controle conservador sobre essas atividades.

Indique duas ações da Coroa que enriqueceram a vida cultural da cidade do Rio de Janeiro.

Explique, ainda, como o Estado português exercia controle sobre as atividades culturais.

Resposta:

 Duas das ações:

• criação da Imprensa Régia.

• contratação da Missão Artística Francesa.

• fundação do futuro Jardim Botânico (Real Horto).

• fundação da futura Biblioteca Nacional (Real Biblioteca).

• publicação de jornais, periódicos e obras de caráter científico com o aval da Imprensa Régia.

Órgãos do Estado português, agora sediados no Brasil, exerciam a função de fiscalizar e censurar todos os impressos, inclusive os importados, que aqui fossem publicados sob a justificativa de cuidar da moral, da religião e dos bons costumes.

O ano de 1808 marca a chegada da corte ao Rio de Janeiro que, na prática, tornou-se a sede do Estado português. A corte foi responsável direta pelo incremento das atividades culturais e artísticas e, ao mesmo tempo, pelo controle e censura das mesmas.

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